Justiça manda prender suspeita de matar marido e ocultar o corpo em freezer
O Tribunal de Justiça da comarca de Capinzal, em Santa Catarina, decretou hoje a prisão temporária da mulher suspeita de ter assassinado e ocultado o corpo do companheiro dentro de um freezer. A juíza Flávia Carneiro de Paris, em regime de plantão, também autorizou a quebra do sigilo telefônico e o acesso aos dados da investigada.
Claudia Fernandes Tavares Hoeckler, 40, principal suspeita de matar o marido e guardar o corpo em um freezer em Lacerdópolis (SC), confessou o crime durante uma entrevista em vídeo publicada ontem.
O crime apurado se trata, em princípio, de homicídio qualificado por meio que dificultou a defesa do ofendido, segundo a juíza, já que a vítima foi encontrada com uma lesão na nuca. Conforme registros policiais, no dia 15 de novembro a mulher comunicou o desaparecimento do marido, ocorrido no dia anterior, em Lacerdópolis.
Durante dias, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, vizinhos e voluntários empenharam-se nas buscas, sem sucesso. Em paralelo, a polícia civil efetuou outras diligências, tomou declarações da mulher e obteve autorização para perícia na residência do casal, agendada para o sábado (19).
Antes da averiguação, a investigada fugiu da cidade. O cadáver da vítima foi encontrado dentro do freezer, na casa da família.
"A segregação temporária da representada, neste momento, possibilitará também a melhor elucidação dos fatos, pois impedirá que ela crie embaraços para a apuração da prática criminosa, especialmente para esclarecer os motivos e as circunstâncias do crime e eventual participação de terceiros", avisa a magistrada na decisão.
Claudia foi conduzida ao Presídio de Joaçaba e amanhã de manhã prestará depoimento à delegacia.
O que diz a defesa
A defesa de Claudia Tavares Hoeckler esclarece, em nota, que ela se entregou à polícia hoje e está à disposição da autoridade policial. O depoimento dela está marcado para amanhã. Cláudia se entregou espontaneamente, mesmo sabendo que contra ela existia uma ordem de prisão.
"Claudia foi ouvida na sexta-feira passada e respondeu a todas as indagações da autoridade policial — inclusive se submeteu a um exame der corpo de delito", afirmou o advogado da suspeita, Marco Alencar.
"É preciso esclarecer que ela também permitiu a entrada dos peritos à sua casa. Esse acesso seria realizado hoje, com a presença dela, mas a polícia acabou por ingressar na residência durante a noite de sábado, tendo encontrado o cadáver de Valdemir Hoeckler.
A defesa, por fim, esclarece que Cláudia, em momento algum, obstruiu, absolutamente, a ação das autoridades constituintes".
A prisão temporária tem o prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. O processo tramita em segredo de justiça.
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