Suspeito de esfaquear namorada pelas costas é preso em visita ao hospital
Vítima de facadas no pescoço, no tórax, e nas mãos, Mariana da Silva Ribeiro, 30, relatou ter sido atacada pelas costas durante uma discussão com o então namorado Aldemir Carneiro no último dia 15. Ela chegou a ficar desaparecida, e o suspeito foi preso ao tentar visitá-la no hospital.
Mariana foi encontrada caída em uma rua e encaminhada pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, cidade da Região metropolitana do Rio.
Segundo o advogado da vítima, Joab Gama, ao recuperar a consciência no hospital, Mariana relatou ter sido agredida ao dar as costas para o namorado durante a discussão.
"Ela relatou aos familiares que os dois tiveram uma discussão acalorada e, em determinado momento, ela se abaixou para alguma coisa e ele, por trás dela, desferiu a primeira facada", disse Joab, ao UOL.
Ainda segundo a defesa, a vítima contou ter tentado se defender, correu para rua, caiu e fingiu ficar desacordada - o que interrompeu as agressões.
A família chegou a ficar cinco dias sem notícias dela, enquanto ela já estava internada.
Prisão e liberação
Questionado pelos parentes, Aldemir chegou a dizer que não tinha informações sobre o paradeiro dela. O suspeito foi preso por policiais militares no domingo (20), ao tentar visitar a namorada no hospital, mas acabou liberado na delegacia.
"No meu ponto de vista, ele achava que a Mariana ia morrer e foi ver se iria sair impune dessa situação", disse o advogado.
Em depoimento à polícia, Aldemir alegou que Mariana deu início às agressões e agiu para se defender. Ele disse não saber onde atingiu a namorada e quantos golpes desferiu.
"Ele não tem um ferimento e a Mariana está dilacerada, pois foram várias facadas no pescoço, no peito", disse Joab.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São Gonçalo que apura o crime de tentativa de feminicídio.
O advogado da vítima disse que vai entrar na Justiça com pedido de prisão preventiva e medida protetiva para Mariana.
O depoimento do suspeito foi feito sem advogado — segundo a polícia e o TJ, ainda não consta o nome de um defensor para Carneiro. A reportagem será atualizada assim que houver manifestação.
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