Dona de bar nordestino em Copacabana denuncia agressão e ofensa xenofóbica

A empresária Tatiane Gomes denunciou ter sido alvo de assédio, chutes e ofensas xenofóbicas em Copacabana, no Rio, no último dia 20.

A informação foi divulgada na página do Instagram do Boteco Errejota. O bar de comida nordestina é de propriedade da empresária e fica no bairro da Zona Sul do Rio.

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De acordo com o texto, a situação começou após um funcionário da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) assediar Tatiane. Ela conta que pediu respeito por ser mulher e estar em horário de trabalho.

A nota informa que o homem respondeu de forma xenofóbica: "Ele a chamou de Paraíba marrenta, comedora de farinha" —entre outras ofensas. Em seguida, o gari desferiu dois chutes em Tatiane e intimidou um cozinheiro que tentou defendê-la.

O texto cita ainda a participação de um funcionária de uma boate da região nas agressões.

Apesar de saber o quanto é difícil ser mulher, dona de bar e ter um bar com atendimento feito só por mulheres, que inclusive sofrem todos os dias tendo que impor o respeito que é para ser um dever e não uma imposição, é INACEITÁVEL qualquer tipo de preconceito, assédio ou agressão."
Nota divulgada em rede social

Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que apura crimes de injúria, injúria por preconceito e lesão corporal em função da situação. Os envolvidos já foram ouvidos e a investigação está em andamento, afirmou o órgão por meio de nota.

Já a Comlurb disse que lamenta o ocorrido, que não compactua com esse tipo de atitude e que orienta todos os funcionários em relação ao comportamento adequado "em horário de trabalho". A empresa abriu um procedimento interno para acompanhar o caso.

"Foi constatado preliminarmente que a pessoa envolvida não estava em horário de trabalho ou uniformizada. A companhia dará continuidade ao processo internamente enquanto aguarda o desenrolar das investigações policiais para tomar as providências adequadas", afirmou a empresa via nota.