Empresário italiano é morto a tiros após briga por carrinho de churro em AL
Um empresário italiano foi morto a tiros ontem na Praia do Francês, em Marechal Deodoro (AL). Fabio Campagnola, 52, era proprietário de uma sorveteria e teve uma discussão com o atirador porque não autorizou que ele instalasse um carrinho de churros em frente ao estabelecimento.
Segundo o programa "Bom Dia Alagoas", da TV Gazeta, afiliada da Globo na região, o crime foi cometido por um policial militar da reserva. A mulher do atirador teria tentado colocar o carrinho na frente da sorveteria e sido impedida por Fábio. Na sequência, o policial, cuja identidade não foi divulgada, teria sido visto atirando contra o italiano.
"A senhora pretendia instalar um carrinho de churros na porta do estabelecimento comercial da vítima, mas o dono do prédio interveio, dizendo que aquele ali era um local particular. Então, ela resolveu chamar o marido. Quando o proprietário do prédio saiu, ele disparou contra a perna do rapaz. A vítima ainda deu alguns passos e caiu. Aproveitando-se da inércia da vítima, o autor chegou e deu mais um tiro, que, com certeza, foi o fatal", disse a delegada Liana Franca, em entrevista à emissora.
O homem é considerado foragido. Nas redes sociais, circulam imagens do autor do crime segurando uma arma no estabelecimento de Fabio.
A esposa do investigado acabou autuada em flagrante e detida. O advogado dela, Arthur Rodrigues, informou à TV que ela não participou do crime e que não teve contato com o marido desde o episódio. "Não é possível medir nenhum tipo de participação dela na autoria do fato", defendeu.
À imprensa italiana, Cinzia Campagnola, irmã da vítima, confirmou a dinâmica dos fatos e disse que o irmão conversou com os autores "calmamente".
"Fabio calmamente explicou a ele que não podia. Na hora, ele se irritou e atirou nele duas vezes: primeiro na perna e, uma vez no chão, o golpe final", disse ela. Natural da província de Alessandria, Cinzia informou ainda que "os socorristas tentaram reanimá-lo, sem sucesso".
Apesar da grande distância, já que ela mora em Casale Popolo, na Itália, os irmãos sempre foram unidos, segundo Cinzia. "Nos falamos pelo menos três vezes por semana em videochamada, também via WhatsApp. A última, com meu outro irmão, foi no dia 31 de dezembro para nos desejar um feliz 2023".
A irmã ainda informou que Castagnola sempre gostou do Brasil. "Ele saiu de férias uma vez, depois voltou. A certa altura, apesar de trabalhar em uma loja de roupas para organizações assistenciais, ele nos confidenciou 'Estou bem lá, gostaria de abrir uma sorveteria, um bar, alguma coisa'", lembrou.
Cinzia também disse que os irmãos devem vir ao Brasil o quanto antes para repatriar o corpo da vítima. "Quando chegarmos lá, com minha cunhada e o filho, decidiremos juntos o que fazer."
Cenas fortes. Imagens da câmera de segurança do estabelecimento foram compartilhadas nas redes sociais pelo jornalista italiano Salvo Sottile. Na cena é possível observar que o policial reformado começa a atirar cadeiras e mesas contra o empresário italiano. Na sequência, os dois começam com uma luta corporal e o policial retorna atirando contra Fabio. Ele atinge o empresário duas vezes e depois sai andando para fora da sorveteria enquanto a vítima fica ferida no chão.
*Com informações da ANSA
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