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Universitário que visitava família em SP está desaparecido há 17 dias

Leonardo Prado, 22, sumiu em 23 de dezembro após dizer a mãe que estava saindo para almoçar - Reprodução/Instagram
Leonardo Prado, 22, sumiu em 23 de dezembro após dizer a mãe que estava saindo para almoçar Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

09/01/2023 18h05Atualizada em 09/01/2023 22h00

O estudante Leonardo do Prado Moreno, 22, está desaparecido há 17 dias depois de sair de casa dizendo que iria almoçar com uma amiga em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O paulista, que se mudou para estudar publicidade e propaganda na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em Belo Horizonte, tinha voltado à cidade para visitar os pais e irmãos.

Ele chegou à terra natal em 21 de dezembro e segundo a mãe, Francisca, parecia estar bem, reclamando apenas dos problemas na vida amorosa, "magoado" com o fim de um relacionamento de pouco mais de um ano poucos dias antes da viagem.

"Ele sempre foi um menino centrado, entregou o trabalho de conclusão de curso há umas três semanas e falou inclusive que estava muito feliz. Ele estava na melhor fase da vida dele e nós não tínhamos problema nenhum, somos uma família muito unida", afirmou a mãe em entrevista ao UOL.

Ainda no dia 21, o estudante foi para uma balada acompanhado de uma amiga, mas voltou para casa por volta de 1h da manhã, "desesperado e chorando". Ao ver a cena, Francisca decidiu conversar com o filho e descobriu que o rapaz tinha recebido uma ligação envolvendo o ex-namorado de Leo.

Com ajuda de Francisca, o rapaz se acalmou, tomou os remédios que tomava para ansiedade e foi dormir. No dia 22, a mulher ouviu o filho em uma conversa acalorada com o antigo companheiro, mas não se alarmou com o "desabafo" do rapaz.

"Ele pediu 'desculpa por qualquer coisa', mas eu disse que estava tudo bem e não toquei mais no assunto. Na sexta (23), ele falou que ia ao mercado, perguntou se eu precisava de alguma coisa e também comprou coisas para ele. Eu perguntei como ele estava mais de uma vez, e ele disse que estava tudo bem", lembra a mãe.

Depois que Leo já tinha voltado do mercado, Francisca saiu de casa para ir a um culto. Ela recebeu uma mensagem do filho às 9h23, com a mensagem "mãe, eu vou estar sempre com você", além de um áudio.

"Eu sou meio leiga de tecnologia, então achava que era um vídeo, uma coisa normal, e respondi só com um coração. Cheguei em casa meio-dia e ele já não estava, mas meu marido disse que ele avisou que iria almoçar com uma amiga e voltar às 17h. Mesmo depois que o horário passou, eu não estranhei, porque quando ele volta para casa quer rever todos os amigos. Mas tudo mudou 22h, quando uma amiga entrou em contato procurando por ele, falando que o Leonardo mandou um áudio estranho para um amigo de Belo Horizonte", detalha a mãe.

Ao saber da informação, a mulher lembrou das mensagens que tinha recebido mais cedo e descobriu que o jovem também tinha enviado um áudio para ela, se despedindo.

"Logo depois meu marido já saiu para procurar, mas foi difícil sem Boletim de Ocorrência, que ele abriu no domingo (25). Mas, além disso, nós espalhamos a imagem dele pelas redes sociais", conta.

Ainda segundo Francisca, Leonardo saiu de casa, no bairro Vila Sinhá, levando um cartão de banco, um relógio digital, os documentos e o celular, mas sem o carregador. A última vez que o aparelho emitiu sinal, segundo informações da Polícia Civil à família, foi ainda no dia 23.

Muitas informações sobre o paradeiro do estudante chegaram até os parentes e amigos, com pessoas que teriam visto o rapaz em diferentes partes de São José dos Campos e até mesmo na capital paulista.

Até mesmo os irmãos mais velhos do rapaz disseram que o viram no sábado (24) no banco do passageiro de uma HB20 preta, passando em frente à casa da família, mas nenhuma pista foi confirmada ou levou os investigadores ao paradeiro do estudante.

Quebra de sigilo bancário

Agora, a família tenta conseguir uma ordem judicial para quebrar o sigilo bancário de Leonardo e faz uma busca paralela por imagens de câmeras de segurança na região em que ele sumiu.

O estudante, que já trabalhava na área da comunicação, deveria voltar ao trabalho presencial no dia 5, mas não apareceu no escritório em Belo Horizonte. Seus pertences continuam parados na residência estudantil em que ele morava, dentro da UFMG.

O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais da Deic (Delegacia de Investigações Criminais) de São José dos Campos. Ao UOL, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que a "autoridade policial realiza todas as providências cabíveis para a localização do desaparecido e apura todas as circunstâncias dos fatos".