Turistas levam galo para tomar sol em praia de SP: 'a galinha e a farofa'
Uma cena inusitada chamou a atenção, neste final de semana, dos frequentadores da praia do Gonzaga, uma das mais badaladas praias da cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Entre guarda-sóis e cadeiras, em plena faixa de areia, um cercadinho foi instalado por um grupo de turistas para guardar um visitante especial: um galo doméstico.
Imagens da ave tomando sol repercutiram nas redes sociais. O registro foi feito ontem, domingo (15), por volta das 11h, quando os termômetros chegaram a mercar 36 graus.
Nas redes sociais, internautas repercutiram o caso: "se falassem, eu não acreditaria", disse. Outro usuário comentou: Normal, deixa o frango. Nada de espetacular nos dias de hoje". Outro brincou: "Trouxeram a galinha e a farofa."
Banhistas que se sentaram perto do guarda-sol onde estava o galo dizem que ele passou boa parte da manhã na praia e que só teria deixado o local quando fiscais da prefeitura se aproximaram e pediram para que fosse retirado.
O cercadinho, que estava protegido à sombra de um guarda-sol, continha dois potinhos, um com água e outro com alimento para o galo.
Fiscalização
Procurada pela reportagem, a prefeitura de Santos confirmou a abordagem dos fiscais.
"Fiscais da Operação Praia Limpa orientaram o dono do animal sobre as regras na faixa de areia. Após a abordagem, o tutor e o animal deixaram a praia. Destacamos ser proibida a presença de qualquer animal na faixa arenosa da praia, com exceção do trecho da praia liberado para cães, que compreende o espaço entre o posto 1 de salvamento e o Emissário Submarino (Parque Municipal Roberto Mário Santini, no José Menino), somente no horário das 6h às 9h e das 16h às 19h", informou a Administração Municipal.
"Nas demais áreas da faixa de areia, a presença dos animais continua proibida e o descumprimento da regra está sujeito a multa no valor de R$ 800. Munícipes e turistas podem denunciar casos como o apontado na reportagem através dos telefones 153 (Guarda Municipal) ou 162 (Ouvidoria)", conclui a prefeitura, na nota.
Risco de estresse e doenças
Na opinião da veterinária Márcia Ferreira, a "esquisitice" da cena não é o único fator a ser considerado nessa história. Além do risco de estresse e de sofrer com o calor, o galo doméstico, assim como outras aves, pode ser um vetor de doenças para o ser humano.
"Eu citaria, por exemplo, as bactérias, como espécies de Salmonellas e também a Escherichia coli, que podem ser transmitidas pelas aves através de suas fezes. Se a ave for portadora dessas bactérias e defecar na areia da praia, quem pisar sobre as fezes pode se contaminar e desenvolver problemas intestinais e diarreias", explica Márcia.
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