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Comércio em que jovem bebeu soda cáustica e morreu é interditado em SP

Heitor Santos Poncidonio, 16, afirmou à família que recebeu soda cáustica após pedir água em um estabelecimento do Guarujá; comerciante nega versão  - Arquivo Pessoal
Heitor Santos Poncidonio, 16, afirmou à família que recebeu soda cáustica após pedir água em um estabelecimento do Guarujá; comerciante nega versão Imagem: Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

17/01/2023 13h47Atualizada em 17/01/2023 13h47

O comércio onde um adolescente de 16 anos ingeriu soda cáustica, em Guarujá (SP), foi fechado após apresentar um alvará de funcionamento vencido. A interdição foi determinada pela Sefin (Secretaria Municipal de Finanças), que visitou o local em meio às investigações sobre a morte de Heitor Santos Pocidonio.

O rapaz esteve na loja no dia 1º de dezembro, com a missão de comprar desinfetante e cloro para a avó, no bairro Pae Cará.

O que dizem os envolvidos:

  • A família do adolescente alega que ele pediu água para um atendente do estabelecimento e recebeu dele uma garrafinha plástica sem rótulo.
  • Já o comerciante diz que o próprio Heitor pegou a garrafa e bebeu a soda cáustica, mesmo após ter sido alertado sobre o conteúdo.

O que aconteceu após vítima beber soda cáustica:

  • Após beber o liquído, Heitor teria sofrido um "mal súbito", segundo consta do registro da ocorrência feita no 2° DP de Guarujá;
  • Ele foi levado às pressas para o pronto-socorro da cidade e depois encaminhado para o Hospital Santo Amaro, onde ficou internado;
  • Ele recebeu alta no dia 12 de dezembro e continuou a se recuperar em casa, alimentando-se de líquidos e frutas;
  • Já em 7 de janeiro, seu quadro de saúde piorou e ele foi levado à Casa de Saúde do Guarujá, onde ficou novamente internado;
  • Na segunda-feira (9), ele passou mal durante uma endoscopia e teve que ser levado à UTI.
  • No mesmo dia, segundo a família, ele teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Fiscalização não tem relação com morte de adolescente, diz prefeitura. Além de ter fechado o comércio visitado por Heitor, os fiscais da Prefeitura de Guarujá também aplicaram uma multa de R$ 384,12 aos donos da loja. Agora, eles têm um prazo de 20 dias para regularizar a situação com as autoridades municipais.

Em nota ao UOL, a administração da cidade destacou que a visita ao local faz parte de uma ação da Secretaria Municipal de Finanças, que está realizando visitas em todos os estabelecimentos comerciais do Guarujá para uma "atualização cadastral" desde setembro do ano passado.

"O processo consiste na visita dos fiscais a todos os locais para levantamento de dados atuais, cadastro de sócios, razão social, nome fantasia, entre outras informações pertinentes. O objetivo é garantir a justiça tributária, para também regularização dos comércios que atuam clandestinamente", explicou.