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Anestesista é indiciado por mais dois crimes e Cremerj suspende registro

Casos aconteceram em 2020 e 2021; investigações começaram em dezembro de 2022 - Reprodução/Instagram
Casos aconteceram em 2020 e 2021; investigações começaram em dezembro de 2022 Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

26/01/2023 12h30Atualizada em 26/01/2023 12h30

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu hoje mais um inquérito contra o médico colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo por estuprar e gravar pacientes sedadas. Com isso, ele foi indiciado por mais dois crimes: estupro de vulnerável e exercício ilegal da profissão.

Também nesta quinta-feira (26), o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) aplicou uma interdição cautelar, suspendendo temporariamente o registro profissional do médico. A decisão, por unanimidade, impede que o colombiano exerça a medicina no Brasil.

De acordo com a investigação, à época do crime, em 2020, Andres não tinha registro no Cremerj.

"A medida é um recurso do Conselho para proteger a população e assegurar a boa prática médica no estado do Rio de Janeiro. Paralelamente a isso, o processo de Andres Carrillo está em andamento e corre em sigilo, seguindo todos os ritos obrigatórios do Código de Processo Ético-Profissional. As punições previstas em lei vão de advertência até cassação definitiva do registro", diz a nota do Conselho.

Na segunda-feira (23) ele já havia sido indiciado por estupro de vulnerável em um caso que aconteceu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ. Ainda há um terceiro inquérito em apuração na DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima).

Anestesista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo foi preso por suspeita de estuprar pacientes durante cirurgias e gravar os crimes - JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO - JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Anestesista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo foi preso em 16 de janeiro, em casa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio
Imagem: JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

As investigações contra Andres tiveram início em dezembro de 2022, quando a Polícia Civil recebeu informações do Sercopi (Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil) da Polícia Federal sobre um acervo de 20 mil arquivos de pornografia infantil nos computadores do médico, incluindo imagens de bebês com menos de um ano.

O UOL tenta contato com o advogado Mauro Fernandes da Silva, que representa o profissional de saúde. Caso a defesa do investigado queira se manifestar, esta nota será atualizada.