Ela teve restaurante arrasado no litoral de SP e faz marmitas para doar
Fernanda Huerta, dona de um restaurante em Barra do Una, na cidade de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, tem ajudado a cozinhar marmitas para pessoas atingidas pelas chuvas na região.
Ela teve prejuízos estimados em R$ 50 mil no restaurante Novos Praianos, que foi invadido pela lama e não tem condições de funcionar.
Fernanda diz que o espaço foi erguido 1,5 metro acima do nível da rua, justamente pelo risco de enchentes na região. Ela ainda deve calcular todas as perdas, porque precisou trabalhar para ajudar desabrigados e não teve como acessar todo o imóvel até o momento.
"A gente perdeu todos os freezers, estoques de insumos, as geladeiras cheias. A gente não sabe bem se perdeu mais equipamentos ou não. Sei que perdemos uma moto. Meu carro quebrou. O prejuízo inicial é de R$ 50 mil de insumos", diz Fernanda, de 40 anos.
Mesmo com a situação, ela resolveu se mobilizar e se juntou a outros voluntários que cozinharam marmitas para pessoas que ficaram desabrigadas com a tragédia.
Fernanda avalia que ao menos cerca de 500 marmitas foram entregues com talheres compostáveis que faziam parte do estoque do restaurante e foram recuperados.
Foi o que tínhamos de embalagem e água para doar. Para fazer as marmitas para a galera e para ajudar pessoas desabrigadas. Toda a comunidade se empenhou e a gente distribuiu
Fernanda Huerta
Fernanda conta que contribuiu, em conjunto com outros voluntários da comunidade, para fazer a entrega de mantimentos. As marmitas foram feitas na casa de uma cliente do restaurante.
Segundo Fernanda, nesta quarta-feira os esforços estavam centrados na Escola Maria Virgínia Silva, também localizada em Barra do Una, onde a alimentação é entregue para equipes de bombeiros e marinheiros. O espaço também funciona como ponto de abrigo.
Mobilização nas redes
A dona do restaurante relata que a corrente de solidariedade, nas redes sociais e na comunidade, tem ajudado a arrecadar mantimentos, remédios e outros itens que podem auxiliar pessoas desabrigadas.
Fernanda tem usado o Instagram do restaurante para fazer pedidos de doações.
"As redes sociais estão sendo muito maravilhosas", diz ela. "Ontem viemos para a escola e estava desorganizada, porque tinha gente (desabrigados) chegando para dormir. Você posta e em 20 minutos começa a brotar travesseiro", complementa.
Ela conta que o mesmo ocorreu depois de chegar um caminhão para auxiliar desabrigados — a mobilização ajudou a organizar os itens. "Começamos a gritar (por ajuda) e em 20 minutos tinha corrente humana, enchendo três salas. A logística vai chegando no meio do caminho", explica.
Fernanda diz que a localidade está recebendo roupas e alimentos, mas que é necessário também mobilização de trabalhadores para garantir que os itens doados cheguem a quem mais precisa.
"A gente precisa de gente para fazer logística, para fazer transporte de mantimentos. Mas está tudo se organizando e tem muita gente ajudando. Isso (trabalho voluntário) não deixa a gente chorar com a tragédia."
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