Justiça condena perito do acidente de filho de Alckmin a 3 anos de prisão
A Justiça de São Paulo condenou o especialista Helio Rodrigues Ramacciotti a três anos de prisão por falsa perícia e outras irregularidades na análise do acidente de helicóptero que matou Thomas Alckmin, filho do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e mais quatro pessoas em 2015.
O que aconteceu?
Perito vai responder em liberdade. A pena de prisão foi convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo (R$ 1.302) a entidade com destinação social.
Justiça determinou perda do cargo de servidor público. "O réu traiu a confiança nele depositada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo e pelos cidadãos, praticando os fatos com violação ao dever para com a Administração Pública", diz a decisão.
Processo corria desde 2017. Foi o Ministério Público que denunciou que Ramacciotti teria mentido no inquérito policial.
Defesa do perito vai recorrer da sentença. Os advogados Daniel Bialski, Victor Bialski e Juliana Tempestini argumentaram que ele tem 30 anos de experiência e que a decisão desafia as evidências. "A decisão será revertida na instância superior", disseram em nota.
Relembre o caso
Filho mais novo de Alckmin, Thomaz morreu aos 31 anos na queda de um helicóptero em Carapicuíba, na Grande São Paulo, em abril de 2015.
Além do filho do então governador, a aeronave também transportava um piloto e três mecânicos.
Perito teria incluído no laudo informações de exames que não fez e não participou, e teria copiado informações de um relatório preliminar. A conclusão foi que peças do helicóptero estavam desconectadas antes da decolagem, o que configuraria falha humana. O laudo resultou no indiciamento por homicídio culposo de cinco funcionários da empresa Helipark, dona do hangar de onde a aeronave partiu.
Resultado levantou suspeitas, e nova perícia mostrou erro. O Instituto de Criminalística refez o estudo e constatou que a queda foi causada pela quebra de uma das pás da hélice. Isso teria acontecido porque, dois dias antes do acidente, a empresa fez a manutenção de maneira incorreta e não respeitou o prazo de secagem após a pintura do equipamento.
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