'Me forçaram a comprar cerveja, era um golpe e perdi R$ 5 mil'
Foi enquanto aguardava um motorista por aplicativo após sair de um barzinho em Pinheiros, na capital paulista, que o economista V.L., de 28 anos, foi abordado por dois vendedores ambulantes oferecendo cerveja e após fazer o pagamento teve o cartão de crédito trocado acumulando um prejuízo de R$ 5 mil.
O caso aconteceu no último dia 7. O economista, que pediu para ter apenas as iniciais divulgadas, relata que aguardava o veículo chegar juntamente com uma amiga quando os dois foram abordados por dois vendedores ambulantes oferecendo cerveja. Mesmo após a negativa de V., o vendedor teria aberto a garrafa da bebida e insistido que o economista ficasse com o produto.
"Ele foi bem incisivo e me senti coagido porque ele queria dinheiro a todo custo. Mesmo sem querer a bebida acabei aceitando com medo até mesmo de ser assaltado", recorda o rapaz.
Para o pagamento, o economista disse que usaria o cartão de débito. Mas ao tentar passá-lo na maquininha dos ambulantes um recado de senha inválida apareceu no visor. Situação que teria se repetido por duas vezes. O ambulante então teria solicitado que o pagamento fosse feito por pix.
"Eu fiz o pix ali, rápido, porque queria encerrar toda aquela situação. E logo depois o carro por aplicativo chegou e deixamos o local", conta o economista.
Ao acordar na manhã seguinte veio a surpresa: duas transferências bancárias totalizando R$ 5 mil haviam sido realizadas da conta do economista durante a madrugada. Um boletim de ocorrência foi registrado na ocasião.
Ainda segundo o rapaz, cinco dias depois ele teve mais um susto. Ao pegar seu cartão para fazer uma compra, ele notou que o que estava em sua carteira não era o seu.
"O cartão que o vendedor ambulante me devolveu não era o meu, mas sim um cartão do mesmo banco, da mesma cor, perfeitamente igual ao meu. Ele roubou meu cartão, acredito que tenha salvo a senha pela própria maquininha que foi alterada e sabia exatamente o valor que poderia retirar da minha conta, pois ele viu o saldo que eu possuía ao solicitar o pagamento por pix", detalha a vítima.
O destinatário da conta para onde as transferências bancárias foram destinadas, segundo V., é o mesmo nome que consta no cartão que os golpistas o entregaram.
"Foi fração de segundos, não sei como conseguiram fazer essa troca sem que a gente percebesse. Acredito que esse nome é de algum laranja, os golpistas não dariam as informações do titular da conta para mim (via cartão)", acrescenta.
Sobre a troca do cartão, a vítima afirma que registrou um boletim de ocorrência na sexta-feira (19).
A reportagem do UOL entrou em contato com o C6 Bank, banco responsável pelo cartão do economista V.L., que explicou que "não há nenhuma irregularidade nessas transações, que foram autenticadas com chip e senha". E ressaltou que "nunca houve na história do C6 Bank nenhuma invasão a sistemas do banco".
A reportagem também procurou a SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo para saber como está a investigação desse caso e se há registros semelhantes, no entanto, não obteve retorno.
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