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Mãe de menino desaparecido diz que carro estava escuro: 'A gente não viu'

O sumiço da criança só foi percebido pelos responsáveis depois de dirigirem por 4 km - Reprodução
O sumiço da criança só foi percebido pelos responsáveis depois de dirigirem por 4 km Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

14/06/2023 19h55

A mãe da criança de 2 anos que desapareceu no último sábado (10), em um parque de Londrina (PR), afirmou que não conseguiu checar se o filho estava no veículo da família "porque estava escuro". O caso é investigado pelo Serviço de Investigação de Pessoas Desaparecidas e pela Delegacia de Homicídios de Londrina.

O que aconteceu:

Leticia Fernandes, mãe de Thiago Vinícius Procópio Rocha, contou que o descuido dela e do padrasto da criança foi de não ter foi ter olhado para o banco de trás do carro. A declaração foi feita hoje em entrevista ao programa Cidade Alerta.

A mãe disse que imaginou que a criança estava dormindo. "O Thiago é muito inteligente, o meu descuido foi não foi ter olhado para trás, mas estava escuro e a gente não viu. Imaginei que ele estava no carro, achei que ele estava dormindo", afirmou. O menino teria desaparecido no Parque Daissaku Ikeda, em Londrina, no Paraná.

Ela revelou que o casal consumiu bebida alcoólica e que o objetivo da ida ao parque desativado era aproveitar o dia de folga. "É um lugar tranquilo, é aberto, dá para ouvir música e fazer churrasco com a família. Eu nunca imaginei que isso poderia acontecer com o meu filho".

Alvo de linchamento virtual nas redes sociais, a mãe lamentou os ataques e disse que nunca faria nada para o filho. As buscas pela criança continuam, com mergulhadores e cães farejadores, mas ainda não há vestígio do garoto. Um cartaz com o nome e a foto do menino foi divulgado pela polícia em busca de informações pelos telefones: (41) 3270-3350/3878-3000.

Investigação

Hoje, o delegado de Homicídios de Londrina, João Reis, voltou de férias e assumiu o caso, que estava sob investigação da delegada Lívia Pini. Ele ouviu a babá de Thiago Vinícius Procópio.

Uma inspeção no carro do casal será feita com luminol, substância utilizada em cenas de crime, para detectar rastros de sangue e, assim, descartar ou confirmar uma tese.

O casal contou, em depoimento à polícia, que passou o sábado no parque e que, no momento de ir embora, a criança teria sido colocada no veículo. O parque está desativado atualmente e, como há um rio com correnteza, uma das hipóteses da Polícia Civil é que o garoto tenha caído na água.

O sumiço só foi percebido pelos responsáveis depois de dirigirem por 4 km. Quando perceberam a ausência, o casal voltou ao parque. A mãe teria ficado desesperada e não conseguido pedir ajuda. Uma testemunha acionou o Corpo de Bombeiros e as buscas foram iniciadas.

A polícia detalha que o carro tinha cadeirinha para carregar a criança, mas que os responsáveis não a teriam travado. A mãe esclareceu também que o filho não fala e tem um grau de autismo, mas a polícia informou que ainda não tem um laudo com diagnóstico.

A polícia não descarta nenhuma possibilidade sobre a causa do desaparecimento, mas a polícia pede que a população tenha cautela e não faça linchamento virtual com a mãe e o padrasto do garoto para que não sejam cometidas injustiças.