Em estado gravíssimo, vítima de atirador não pode ir para centro cirúrgico
O estado de saúde do aluno de 16 anos, que foi baleado na cabeça durante o ataque a uma escola em Cambé (PR), é gravíssimo. Segundo boletim médico, devido ao quadro de "extrema instabilidade" o estudante não pode ser levado ao centro cirúrgico.
O que aconteceu
O aluno está respirando com a ajuda de aparelhos no HU-UEL (Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina). A equipe médica iniciou o tratamento com antibióticos, vacinas e transfusão de sangue.
O boletim médico informou também sobre a necessidade de implantar um cateter, para monitorar a pressão intracraniana do estudante.
Entretanto, o procedimento não foi realizado, devido ao risco na transferência para o centro cirúrgico.
A vítima foi encaminhada ao hospital logo após um homem, de 21 anos, invadir a escola e realizar diversos disparos. A namorada do estudante morreu no local — ela também foi atingida por um tiro na cabeça.
Permanece em estado gravíssimo na sala de emergência do P.S, em assistência ventilatória, sedado, monitorizado, sendo realizados todos os exames necessários e assistência ininterrupta da equipe multiprofissional."
Trecho da nota divulgada pelo HU-UEL
(...) devido seu quadro de extrema instabilidade, está contra indicado o transporte ao bloco cirúrgico da instituição, por risco de alteração dos parâmetros vitais."
HU-UEL
Entenda o caso
O atirador, ex-aluno da rede estadual do Paraná, entrou na escola por volta das 9h30. Ele teria dito que era para solicitar um histórico escolar, segundo a polícia. O nome não será divulgado pelo UOL para não dar visibilidade ao suspeito.
O atirador foi preso em flagrante e levado para a delegacia. Com ele, os policiais apreenderam um machado guardado dentro de uma mochila, mas o instrumento não foi utilizado pelo agressor.
Em depoimento para polícia, o homem disse que não conhecia as vítimas e planejava o crime há quatro anos. Ele afirmou também ter sido vítima de bullying em 2014.
"Há quatro anos ele vinha planejando o ataque, há um mês e meio adquiriu uma arma de fogo e também tinha farta munição", disse o secretário de Segurança Pública, Hudson Teixeira.
De acordo com Teixeira, o objetivo do atirador era "vitimar o máximo de pessoas possíveis".
Um segundo homem foi preso à noite, suspeito de ajudar a planejar o ataque, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
Atirador foi denunciado em 2022
No ano passado, o suspeito teria entrado em um colégio de Rolândia, município do Paraná, com uma faca. Na época, a Polícia Militar chegou a ser acionada, mas o jovem fugiu.
Segundo o Ministério Público, o procedimento está em andamento, mas tramita sob sigilo. O caso foi registrado em outubro de 2022 e não houve vítimas.
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