'Quero ver tirar sarro', disse maquinista da CPTM antes de matar colega

O maquinista da CPTM que matou um colega a tiros e feriu outro na tarde do último domingo em uma área interna da Estação da Luz, região central de São Paulo, falou com uma das vítimas antes de atirar, segundo relato de testemunhas à Polícia Civil.

O que aconteceu

"Eu quero ver você tirar sarro", disse o maquinista Ricardo de Oliveira Dias, 45, segundo relato de um outro funcionário da CPTM à Polícia Civil. Mas a testemunha não soube informar se havia uma desavença anterior entre o autor do crime e a vítima, o supervisor de tração Marco Antônio da Silva.

Em seguida, o maquinista sacou uma arma que estava escondida em uma mochila e abriu fogo contra a vítima, atingida na região do tórax, segundo a Polícia Civil.

Marco Antônio foi encaminhado à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

Outro maquinista foi atingido por um tiro no pé esquerdo. Ele foi levado a um hospital e passa bem.

Após atirar, o autor do crime fugiu. Com mandado de prisão temporária expedido ontem pela Justiça por homicídio e tentativa de homicídio, o funcionário da CPTM é considerado foragido pela polícia.

O UOL não localizou os seus representantes legais. A polícia ainda investiga o motivo da desavença.

A CPTM informou que acionou a Polícia Militar e "vai colaborar com a autoridade policial para elucidar o caso".

Segundo a SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública), "todas as circunstâncias do fato serão investigadas".