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Movimentos sociais alertaram deputados sobre perigo em prédio que desabou

Movimentos de moradia em audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco no dia 29 de junho - Divulgação
Movimentos de moradia em audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco no dia 29 de junho Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

08/07/2023 17h23Atualizada em 08/07/2023 18h16

Uma semana antes de um prédio em Paulista, no Grande Recife, desabar e deixar 14 pessoas mortas, movimentos sociais alertaram autoridades locais sobre o risco.

O que aconteceu

O alerta foi feito durante uma audiência pública na Alepe (Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco), no dia 29 de junho. Integrantes do governo, do Judiciário e deputados participaram da reunião, além de organizações sociais.

Sou da cidade de Paulista e é muito triste ver um conjunto habitacional como o Beira Mar viver naquela situação há anos. Estamos esperando o quê? Morrer alguém como morreu na cidade de Olinda?"
Paulo André do Movimento Nacional da Luta Pela Moradia, durante a audiência pública

O prédio desabou na sexta-feira (7) pela manhã após fortes chuvas na região. Foram 31 horas de buscas ininterruptas até encontrar a última vítima, segundo a Defesa Civil.

Prédios foram condenados pela Defesa Civil

O movimento define o desmoronamento como uma "tragédia anunciada". Após o desabamento, a organização publicou nas redes sociais uma nota prestando solidariedade e pedindo atenção do poder público:

É triste e revoltante o descaso e ineficiência do poder público municipal. [...] O que vemos hoje é sem dúvida alguma o resultado da falta de atenção e de respeito com o direito fundamental à moradia digna e a política pública habitacional no Brasil."

A interdição do local ocorreu em 2010, mas "o prédio foi reocupado por grupos sem-teto", segundo a prefeitura. O governo municipal afirmou que a ajuda já havia sido solicitada à Caixa Econômica Federal e a seguradoras responsáveis para "solucionar esse problema crônico".

Os movimentos sociais afirmam que o prédio foi ocupado por "famílias pobres", que não tinham onde morar e não recebiam auxílio do governo. O edifício que desabou era um prédio-caixão, que é sustentado por paredes de alvenaria ou tijolos ligados por argamassa.