Homem que matou casal e socorrista tinha amante e 'nutria ódio' por família

O homem que matou a tiros um casal e um socorrista no último sábado (22) em São João do Ivaí (PR) teve revelada uma relação fora do casamento meses antes do crime.

Desde então, ele 'nutria ódio' pela família, segundo a delegada Kethilin Iurino, responsável pela investigação do caso.

O que aconteceu

Três pessoas foram mortas a tiros no último sábado. O socorrista Valdeci Farias de Lima, 52, e o casal Edvane Castilho do Carmo Lomba, 46, e João de Lima Lomba, 47.

A família da esposa do caseiro Rogério Carlos Oliveira, 49, havia revelado que ele tinha uma amante há ao menos um ano. A polícia ainda não sabe quando exatamente isso aconteceu. Após o caso ter vindo à tona, o atirador passou a fazer ameaças, segundo relato de testemunhas à Polícia Civil.

Amante foi agredida. Em setembro de 2022, a amante do atirador registrou ocorrência após ter sido agredida com puxões de cabelo, socos e chutes quando passava em frente à mercearia da família da esposa de Rogério.

Entre os supostos agressores da amante estava Edvane, cunhada de Rogério. Na ocasião, a amante do atirador disse que também foi agredida por outra mulher e pelo sogro de Rogério.

Em depoimento, a mulher disse que as agressões foram motivadas pelo fato de ela estar se relacionando com Rogério. Após relatar o caso, ela foi a um hospital para comprovar as lesões causadas pelas agressões.

Socorrista morto em atendimento. Segundo a Polícia Civil, Valdeci era ex-marido da amante do atirador e estava socorrendo a cunhada de Rogério quando foi baleado.

O atirador foi preso em flagrante por três homicídios qualificados (por motivo fútil e uso de meio que dificultou a defesa das vítimas) no último domingo ao se apresentar na delegacia acompanhado por uma advogada. Mas optou por permanecer em silêncio durante o depoimento à Polícia Civil.

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A Polícia Civil solicitou à Justiça a conversão da prisão em flagrante por preventiva.

O atirador tinha relação com todas as vítimas e nutria um ódio pela família da esposa por conta da revelação de que ele tinha uma amante.
Kethilin Iurino, delegada responsável pela investigação do caso

Como foi o crime

Na tarde do último sábado (22), o atirador passou de carro em frente à casa da família da esposa e fez um gesto com as mãos, como se estivesse apontando uma arma. Em seguida, estacionou o carro e passou a discutir com Edvane.

João de Lima Lomba, esposo de Edvane, saiu de casa. Baleado no peito, morreu no local. Em seguida, Rogério atirou na cunhada, atingida no rosto.

O atirador saiu de carro e recarregou a arma em casa, a cerca de 1,5 km dali. E voltou ao local do crime cerca de cinco minutos depois.

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Ao chegar lá, atirou na região da cabeça do socorrista Valdeci Farias de Lima, que prestava atendimento a Edvane. A esposa do socorrista, que também estava ali, só não foi atingida porque se abrigou durante os disparos.

Segundo a Polícia Civil, Rogério deu ao menos 15 tiros. A arma do crime, uma pistola 9 mm, ainda não foi encontrada. Mas dois carregadores foram apreendidos.

A Polícia Civil já ouviu mais de dez pessoas. Entre elas, o sogro do atirador, outra cunhada dele e a esposa do socorrista morto. Agora, os investigadores aguardam pelo resultado dos exames de necropsia para determinar quantos tiros atingiram cada uma das vítimas.

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