Marielle: Justiça ordena transferência de ex-bombeiro para presídio federal

A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e determinou a transferência dele para um presídio federal.

O que aconteceu

A decisão da prisão e da transferência é da 4ª Vara Criminal da Capital. O Ministério Público argumentou que há provas de envolvimento dele nas execuções de Marielle e Anderson e que ele já havia sido condenado pelo descarte de armas e acessórios de Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos.

A Justiça determinou que ele permaneça provisoriamente na unidade de segurança máxima estadual Bangu até a transferência.

Suel participou de ações de "vigilância e acompanhamento" de Marielle antes do assassinato e depois ajudou a encobertar o crime, disse ontem o ministro da Justiça, Flávio Dino.

DEFIRO, em caráter urgente e liminar, sem prejuízo de posterior reconsideração após cumprido o contraditório, o pedido de transferência do Acusado MAXWELL SIMÕES CORREA para estabelecimento penal federal de segurança máxima, a ser indicado pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN)
Trecho de decisão judicial sobre transferência de Maxwell para presídio federal

Ex-PM firmou acordo de delação com a PF

A prisão de Maxwell ocorreu após delação do ex-PM Élcio Queiroz. Preso desde 2019, ele confessou participação no crime e apontou Ronnie Lessa como o autor dos tiros, disse Dino.

Suel, como é conhecido, já havia sido preso em 2020, acusado de ter se desfeito do carro usado na execução, mas respondia em liberdade.

Além de Suel, a delação de Élcio Queiroz teria apontado outros participantes, que ainda não foram revelados. Dino ressaltou que há indícios do envolvimento de milícias e do crime organizado.

Continua após a publicidade

Delação de Élcio encerra investigação no patamar da execução, afirmou Dino. Resta ainda solucionar quem foram os mandantes do crime. "A investigação não está concluída, [a delação] permite um novo patamar de investigação, a dos mandantes".

Deixe seu comentário

Só para assinantes