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Caso Marielle: Castro diz que investigação irá avançar após nova prisão

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou hoje que a prisão de mais um suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes é "mais um passo para se chegar ao mandante" do crime.

O que aconteceu:

Castro também destacou que a "união de esforços vai nos levar a identificar quem está por trás desse atentado à democracia". A declaração foi feita em uma publicação nas redes sociais. "Com a nova prisão, temos a expectativa que a investigação avance ainda mais", escreveu.

O governador do Rio de Janeiro ainda parabenizou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro.

Cláudio Castro destacou que "tanto o criminoso que fez a delação premiada [Élcio Queiroz] quanto o envolvido que foi preso pela PF [Suel] já haviam sido presos com base em investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro".

Viúva falou que Castro não tinha compromisso com investigação

A vereadora Monica Benicio (PSOL), viúva de Marielle Franco, se recusou a participar de uma reunião com Cláudio Castro, organizada pela Anistia Internacional, em março deste ano.

Na ocasião, Monica foi até o Palácio Guanabara, sede do governo, para falar seus motivos à imprensa, mostrou uma reportagem da Folha de S.Paulo.

Nessa mesma data há um ano ele [Castro] recebeu as organizações, Anistia Internacional e os familiares para dizer que tinha compromisso com a elucidação do caso. E a gente não vê isso, nem publicamente nem na prática. Inclusive naquela ocasião, o governador tinha ao seu lado Allan Turnowski, que era então secretário de polícia, que ele disse que era seu homem de confiança".
Monica Benicio, em março deste ano

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Delação sobre o crime

Élcio de Queiroz, preso desde 2019, confessou participação no crime e apontou o colega Ronnie Lessa como autor dos tiros. A delação está de acordo com o que apurou a PF.

Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, foi a delação que embasou a operação de hoje, que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa no Rio. Suel, como é conhecido, já havia sido preso em 2020, acusado de ter se desfeito do carro usado na execução, mas respondia em liberdade.

Suel participou de ações de "vigilância e acompanhamento" de Marielle antes do assassinato e depois ajudou a encobertar o crime, disse o ministro.

Além de Suel, a delação de Élcio de Queiroz teria apontado outros participantes, que ainda não foram revelados. Dino ressaltou que há indícios do envolvimento de milícias e do crime organizado.

A delação encerra investigação no patamar da execução, afirmou Dino. Resta ainda solucionar quem foram os mandantes do crime. "A investigação não está concluída, [a delação] permite um novo patamar de investigação, a dos mandantes".

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"Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhido no dia de hoje", declarou. "Não há crime perfeito. Outras novidades com certeza ocorrerão nas próximas semanas."

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