Lessa já tinha tentado matar Marielle 6 meses antes, diz Élcio em delação

No Réveillon de 2018, três meses antes do crime, Lessa confessou a Élcio que estava com esse "trabalho" já há algum tempo.

Estavam [Ronnie, Suel e Macalé] nessa época aí, já um tempo "campanando" esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução" (...) Essa mulher estaria num táxi e tinha uma oportunidade, só que na hora que ele mandou emparelhar, o carro deu um problema
Élcio de Queiroz em delação à PF

Lessa disse a Élcio que não acreditava em problema no carro, mas sim que Suel teve medo de finalizar o plano. Na ocasião, Suel era responsável por dirigir e o ex-policial militar Edimilson Macalé ficou na "contenção", com um fuzil AK 47, nesta primeira tentativa. Élcio não soube precisar a data desta tentativa.

Élcio e Lessa são acusados pela morte de Marielle e aguardam data para o Tribunal do Júri.

Monitoramento durou meses, diz Élcio

O monitoramento dos passos de Marielle era feito na região da Tijuca, bairro onde a vereadora morava.

Élcio diz que Lessa e os comparsas aguardavam a melhor oportunidade para matar Marielle.

Era uma vigilância buscando uma janela de oportunidade; e essa janela de oportunidade apareceu, porque eles sempre estavam preparados pra pronto emprego, e nessa oportunidade houve o refugo"
Élcio de Queiroz em delação à PF

Nas palavras de Élcio, Macalé e Suel sabiam do que se tratava o trabalho e quem era o alvo.

Eles estavam justamente na missão, tanto que estava com a metralhadora MP5 sempre e o outro com a função, com a AK47, com a função de fazer sempre a contenção do local. Não teria um outro porquê se não fosse por isso.