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AL: Médico usa imagem de mulher nua em curso; organização pede desculpas

O médico Luiz Carlos Buarque de Gusmão, professor de um curso em Alagoas, gerou revolta ao usar imagem de uma mulher nua em posição sexual durante uma aula realizada no sábado (5). O curso teve inscrição a R$ 1.000, e cerca de 100 pessoas assistiram à aula.

O que aconteceu:

O professor do 37º Curso de Emergências Clínico-Cirúrgicas usou a imagem durante uma aula sobre cicatrização. Fotografias feitas por alunos mostram uma lista de indicações para a realização de uma boa cicatrização, escritas em frente ao registro de uma mulher nua.

Ao UOL, estudantes de medicina que estão fazendo o curso se disseram chocados com a imagem. "Ele estava dando aula sobre feridas, e a imagem apareceu do nada. As meninas na minha frente ficaram se olhando, muita gente tirou foto, e ele seguiu como se fosse a coisa mais normal do mundo", disse um deles. Outra contou: "Eu me senti desrespeitada em tantos níveis, sai da minha casa num sábado de manhã para ter aula em um curso caro e ser desrespeitada por um profissional asqueroso".

Luiz Carlos Buarque de Gusmão atua hoje como cirurgião no Hospital Geral do Estado, que pertence ao governo de Alagoas. Ele era professor de anatomia da UFAL, mas está aposentado. Médicos afirmaram ao UOL, também em anonimato, que a mesma imagem era apresentada em aulas. A reportagem enviou mensagem à organização do curso para entrar em contato com ele, mas não obteve retorno.

Em nota, a organização do curso de emergências pediu desculpas pela "veiculação de imagens inapropriadas" e declarou estar comprometida "em não repetir o ocorrido".

A nota oficial, publicada no Instagram do curso
A nota oficial, publicada no Instagram do curso Imagem: Divulgação/Instagram

Os centros acadêmicos dos cursos de medicina de Alagoas repudiaram o uso da imagem. "É inadmissível que em pleno século 21, ainda nos deparemos com situações anacrônicas dentro do ambiente acadêmico, diz trecho da nota divulgada.

O Cremal (Conselho Regional de Medicina de Alagoas) afirmou que abrirá sindicância sobre o caso. "O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) informou que recebeu denúncia sobre o caso e que deverá instaurar uma sindicância para apurar o ocorrido", diz a nota.

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