7 de setembro cai em que dia da semana? Saiba mais sobre feriado
![Bandeira do Brasil pendurada num prédio Bandeira do Brasil pendurada num prédio](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/b5/2022/08/22/bandeira-do-brasil-pendurada-num-predio-1661202936476_v2_900x506.jpg)
O feriado de 7 de setembro de 2023, que comemora a Independência do Brasil, vai cair numa quinta-feira. Com isso, algumas empresas e colégios podem optar por "emendar" a folga com o final de semana e, assim, liberar os funcionários e alunos também na sexta-feira (8).
Como surgiu o feriado de 7 de setembro?
No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, incomodado com as demandas da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que ele governava e Portugal. Em outras palavras, ele anunciou a Independência do Brasil.
O "grito da independência", que culminou no rompimento oficial entre a colônia e a metrópole, foi dado nesse dia em São Paulo, às margens do rio Ipiranga.
Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi reconhecido como imperador e, em 1º de dezembro, recebeu a coroação do bispo do Rio de Janeiro, sendo intitulado como dom Pedro 1º.
As causas do rompimento
Entre os séculos 18 e 19, emergiram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a imposição de tributos elevados durante um período de livre intercâmbio comercial.
Diversas insurgências - tais como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, unidas aos impactos da Revolução Francesa e à emancipação dos Estados Unidos, resultaram na diminuição da influência colonial e fortaleceram o pensamento de abertura comercial no Brasil. Em 1808, a abertura dos portos proporcionou maior autonomia econômica ao Brasil, e com sua elevação ao status de Reino Unido, formalmente deixou de ser uma colônia.
No ano de 1820, a elite burguesa portuguesa tentou reafirmar sua supremacia comercial, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano subsequente, o parlamento português compeliu dom João 6º a prestar juramento de fidelidade à Constituição e a retornar a Portugal. Seu filho, dom Pedro, permaneceu no Brasil, ocupando a posição de príncipe regente, com a incumbência de liderar uma eventual dissolução política.
A declaração de independência
As oposições à dominação portuguesa cresceram na colônia e a metrópole passou a requisitar o retorno de dom Pedro. O príncipe expressou sua resposta a Portugal em 9 de janeiro de 1822 (Dia do Fico), proferindo a famosa frase "Se for para o bem de todos e para a felicidade geral da Nação, diga ao povo que eu permaneço".
Assim começou um empenho político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, buscando manter os laços com Portugal enquanto garantiam certa autonomia ao Brasil. Desejavam uma independência sem abalos, porém as críticas à colonização tornaram-se insuportáveis. Dom Pedro, então, sentiu-se compelido a oficializar a ruptura.
Dessa forma, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil como inimigas e, poucos dias depois, emitiu o Manifesto às Nações Amigas, justificando a separação das cortes de Lisboa e assegurando a independência do país como um reino irmão de Portugal.
Em retaliação, os portugueses invalidaram a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, enviaram forças à colônia e demandaram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal.
Foi assim que, em 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma correspondência contendo as exigências das cortes e reagiu ao proclamar a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, onde havia governantes em sua maioria portugueses, só reconheceram a independência por volta do ano subsequente, após diversos confrontos entre a população e as tropas portuguesas.
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