Mulher é impedida de levar pets e perde voo para o Chile: 'Frustrada'

Ela então acionou advogados para a ajudarem no caso. Os advogados Anderson Correia e Anais Araújo entraram na Justiça e conseguiram uma decisão que determinava o embarque dos animais.

Ainda assim, no dia do voo, Tharllyane não conseguiu embarcar. Segundo sua advogada, os funcionários da Latam forneceram informações desencontradas e depois disseram que ela teria que embarcar sem os animais. "Ela ia deixar os animais com quem? Isso é incitação ao crime de maus-tratos de animais por abandono", diz a advogada Anais Araújo.

Me sinto impotente. Fui impedida de viajar mesmo com mandado da Justiça, três advogados, toda a documentação. Estavam todos me esperando, noivo, sogro, sogra, com festa de boas-vindas. Estou totalmente frustrada.
Tharllyane Santos

Vendeu tudo para viajar

Tharllyane vendeu todos os seus móveis e eletrodomésticos para viajar. Pediu demissão do emprego e tirou o filho da escola, já que estava de mudança para outro país. "Já chorei, me estressei, estou tomando medicação, tudo por conta do transtorno de uma viagem", disse.

Agora, vive de marmita no apartamento vazio. Ela conta que o dono do apartamento onde morava permitiu que ela ficasse lá até a situação ser resolvida. Ela diz que também conseguiu uma cama para dormir com o filho e se alimenta de marmita, pois não tem fogão ou geladeira em casa. Ela diz que os cachorros são adotados e a ajudam a enfrentar a depressão.

O que diz a Latam

A Latam diz que se sensibiliza com a situação, mas segue as legislações dos países onde opera. Em nota, a empresa "reforça que segue os rígidos controles para aceitação e transporte de animais a bordo, prezando pela integridade física, saúde e segurança dos passageiros e pets a bordo de suas aeronaves".

Tharllyane ainda não sabe quando poderá embarcar. A expectativa da advogada é de que haja alguma decisão da Justiça sobre o caso nos próximos dias. Anais Araújo diz que a Latam afirma que faltou documentação exigida pelas autoridades no Chile, mas que essa documentação não foi solicitada antes e que, se faltasse algo, isso deveria ser resolvido com a alfândega do país e não na companhia aérea.