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RS tem 41 mortes após passagem de ciclone, diz boletim; SC tem 1 vítima

Do UOL, em São Paulo

07/09/2023 09h06Atualizada em 07/09/2023 19h42

A região Sul registrou 42 mortes em decorrência de um ciclone extratropical que passou pela região. O Rio Grande do Sul foi o mais afetado: tem 41 vítimas do total, segundo boletim da Defesa Civil divulgado pelo governo estadual na noite desta quinta-feita (7). Na terça-feira (5), uma morte também foi registrada em Santa Catarina.

O que aconteceu

Mais duas vítimas foram encontradas no Rio Grande do Sul até a manhã desta quinta (7), informou a Defesa Civil. As mortes foram em Cruzeiro do Sul e Imigrante. Outras 43 pessoas ficaram feridas.

Os óbitos no Rio Grande do Sul foram registrados nos municípios de:

  • Cruzeiro do Sul: 4
  • Encantado: 1
  • Estrela: 2
  • Ibiraiaras: 2
  • Imigrante: 1
  • Lajeado: 3
  • Mato Castelhano: 1
  • Muçum: 15
  • Passo Fundo: 1
  • Roca Sales: 10
  • Santa Tereza: 1

Há 25 desaparecidos no Rio Grande do Sul, sendo 9 no município de Muçum, 8 em Arroio do Meio e 8 em Lajeado.

Até o momento, 3.037 pessoas foram resgatadas nos 83 municípios atingidos pelas fortes chuvas.

O número de desabrigados é de 2.944, e o de desalojados, 7.607. Ao todo, 122.992 pessoas foram afetadas pelo episódio.

O governador decretou estado de calamidade pública após fazer um sobrevoo na região na tarde desta quarta-feira (6). O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado e contempla 80 municípios (confira a lista aqui).

É a maior tragédia decorrente de um evento climático na história do Rio Grande do Sul, informou o governador Eduardo Leite.

Bloqueios em estradas no RS

Os danos estruturais decorrentes das chuvas causam o atual bloqueio parcial ou total de 16 rodovias que cortam o território gaúcho, informou o governo.

Duas pontes foram destruídas pelas chuvas: uma na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e a outra na ERS-431, em Bento Gonçalves, no limite com São Valentim do Sul.

Há 10 bloqueios totais e 6 bloqueios parciais, segundo a atualização feita às 8h desta quinta pelo governo. Confira a lista completa.

Quem são as vítimas?

Na noite de ontem, o corpo de um bebê de oito ou nove meses foi encontrado, informou o governador..

Mais cinco mortes foram registradas pelo governo do estado na mesma noite. Os óbitos foram em Cruzeiro do Sul, Roca Sales, Estrela e Lajeado, segundo boletim da Defesa Civil.

Outras dez mortes tinham sido informadas até a tarde da quarta (6). Oito no município de Roca Sales, uma em Lajeado e outra em Estrela, segundo informações do governo.

Na noite da terça-feira (5), 15 corpos foram encontrados durante vistoria do Corpo de Bombeiros. Bombeiros procuravam por pessoas dadas como desaparecidas em residências de Muçum (RS), também no Vale do Taquari. Os corpos estavam em diferentes residências, na mesma localidade da cidade.

Outras seis mortes já tinham sido confirmadas entre a noite do domingo e a manhã da terça-feira no estado. Entre elas, a de uma idosa que caiu junto a um policial no rio enquanto era resgatada. O policial continua internado em estado grave.

Além dos óbitos registrados no Rio Grande do Sul, o ciclone também deixou um morto em Santa Catarina, no município de Jupiá, após uma árvore atingir um carro durante a ventania na segunda-feira (4).

As outras vítimas são um homem eletrocutado em Passo Fundo; um homem de 41 anos preso em um carro levado por uma correnteza em Mato Castelhano e um casal, um homem de 50 anos e uma mulher de 44 anos, que estavam em um carro que caiu em um rio em Ibiraiaras.

Chuva forte vai continuar

Uma frente quente que avança pelo estado traz instabilidade às regiões oeste e sul do RS, assim como parte do centro e do leste, a partir de hoje, informou o MetSul.

Há risco de chuva forte, temporais de raios, vento forte e granizo até a sexta-feira, quando a frente quente se converte em fria e traz tempestades para todo o estado.

A previsão é de que a instabilidade se prolongue por 10 dias e de que, em alguns pontos do estado, as chuvas ultrapassem os 200 milímetros, excedendo a média de todo o mês.

O que fazer durante tempestades?

O Inmet orienta que a população das áreas afetadas por tempestades desligue aparelhos elétricos, observe alteração nas encostas, permaneça em local abrigado, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos em caso de inundação e, por fim, busque mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

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