Esse conteúdo é antigo

Castro afirma que polícia prendeu operador financeiro de milícia do Tandera

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), disse que a polícia prendeu o operador financeiro da milícia do Tandera, um dos grupos criminosos que disputam o poder na Zona Oeste fluminense.

O que aconteceu

A prisão de André Felipe Mendes aconteceu na noite de hoje em Ramos, na zona Norte do Rio de Janeiro. A prisão, segundo o governador, foi realizada por policiais civis da Draco, Polinter, DRE e Core.

Segundo o governador, ele era primo do miliciano Tandera e estava sendo "investigado pela Polícia Civil e pelo Gaeco do Ministério Público".

"Não vamos retroceder no combate a essas máfias que ousam aterrorizar a população", escreveu o governador na rede social X, antigo Twitter.

Ônibus queimados após morte de miliciano

Na segunda-feira (23), ao menos 35 ônibus foram incendiados na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo a Rio Ônibus, o sindicato das empresas de ônibus do Rio.

A motivação foi a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão. Ele é sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, que integra a maior milícia do Rio de Janeiro. Investigações da Polícia Civil apontam que Teteu seria o homem de guerra da milícia na disputa por territórios, responsável por chefiar rondas feitas dentro da zona oeste.

Diante da crise, Claudio Castro afirmou que a polícia busca prender os maiores líderes das facções criminosas. "É nosso compromisso, e eu já tenho dito. Prender, principalmente, os três maiores líderes do tráfico e da milícia do Rio de Janeiro".

Continua após a publicidade

Quem é "Tandera"?

Danilo Dias Lima, o Tandera, de 37 anos, foi parceiro de Ecko (miliciano morto em 2021) e Zinho (irmão de Ecko) em várias ações criminosas, segundo a polícia do Rio de Janeiro, mas acabou rompendo com o grupo miliciano e se aliando a outros parceiros no crime.

Tandera passou a controlar vastas regiões em cidades da Baixada Fluminense, como Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu. O miliciano é conhecido pelo uso de armas potentes, bombas e pelo estilo cruel.

Há relatos de que algumas de suas vítimas foram decapitadas e mutiladas pelo criminoso, que posou fazendo deboche ao lado dos corpos. Ele também ficou conhecido por lavar dinheiro com criptomoedas.

Tandera é investigado desde 2016 por organização criminosa, homicídios e lavagem de dinheiro. Ele foi preso duas vezes e, em uma delas, fugiu.

Depois da morte de seu principal parceiro, Delson Lima Neto, o Delsinho, em agosto de 2022, durante operação da Polícia Civil, em Nova Iguaçu, Tandera deixou o controle direto da organização criminosa.

Continua após a publicidade

*Com informações de Estadão Conteúdo

Deixe seu comentário

Só para assinantes