Conteúdo publicado há 6 meses

Contradições fizeram marido de professora ser preso por crime, diz polícia

O marido da professora Flávia Maria Lopes de Sena, encontrada morta em Varjota (CE), foi preso por suspeita do crime após contradições em depoimento, informou a Polícia Civil.

O que aconteceu?

Rafael Machado Ramos de Vasconcelos foi preso no sábado (28) e passou por audiência de custódia ontem (29), quando teve a prisão temporária decretada.

Ele tornou-se o principal suspeito do crime após ser interrogado pela polícia e não apresentar versões compatíveis com o que os vídeos de câmeras de segurança da cidade.

Constatamos contradições dele, que inclusive foram confirmadas quando confrontadas com imagens do circuito de câmeras da cidade. Fizemos todo o trajeto. Se afirma que a vítima tinha saído de casa para caminhar, mas encontramos furos nessa versão que foi repassada. Encontramos contradições, muita obscuridade. Tudo isso pesou em desfavor do suspeito.
Delegado Afonso Timbó, em conversa com jornalistas

Apesar dos indícios de cometimento do crime, Rafael alegou que é inocente na delegacia.

A polícia não descarta a possibilidade de que outra pessoa tenha ajudado o suspeito no crime e pede que aqueles que tenham informações sobre o caso acionem o 181.

Rafael foi representado pela Defensoria Pública na audiência de custódia. O UOL procurou o órgão em busca de um posicionamento e aguarda retorno sobre o assunto.

Relembre o caso

Flávia Maria Lopes de Sena Vasconcelos teve o desaparecimento comunicado pelo marido na madrugada da quarta-feira (25) nas redes sociais.

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O homem alegou que ela saiu para uma caminhada às 19h do dia anterior e não voltou para casa.

Ele chegou a divulgar o próprio número de telefone nas redes sociais pedindo informações sobre a mulher.

O corpo de Flávia foi encontrado horas após a notificação do desaparecimento, na região de Sítio Cajazeiras, a menos de 10 quilômetros do centro de Varjota, informou a Polícia Civil.

A mulher tinha "sinais de violência", segundo a Secretaria de Segurança Pública. Os sinais não foram detalhados, mas o corpo da mulher tinha ao menos 10 perfurações, segundo informações da TV Verdes Mares.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

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Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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