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Moradores protestam contra falta de energia em SP; PM é baleado

Manifestações contra a falta de energia elétrica foram realizadas em bairros da zona sul de São Paulo e na cidade de Cotia (SP), na região metropolitana. Um policial militar ficou ferido após levar um tiro. Várias regiões da Grande São Paulo seguem sem luz após os temporais da última sexta-feira (3).

O que aconteceu

Moradores protestaram contra falta de luz em São Paulo. Uma das manifestações aconteceu na Avenida Giovanni Gronchi, no Jardim Colombo, na zona sul de São Paulo. Moradores atearam fogo em objetos, bloqueando a pista nos dois sentidos. O segundo protesto foi feito na altura do km 32 da Rodovia Raposo Tavares, sentido oeste, em Cotia.

Na zona sul, um policial militar foi atingido por um tiro. Ao UOL, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) informou que a bala atravessou a perna do PM, que foi levado ao hospital e passa por atendimento médico. Ainda segundo a pasta, as equipes que estavam no local tentaram identificar a liderança da manifestação para "liberar a via por meio do diálogo". "Os policiais receberam relatos de que alguns manifestantes levavam coquetéis molotov", concluiu.

Manifestações também interditaram uma faixa da Raposo Tavares. Procurado, o DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem) disse que, por volta das 19h30, ainda havia cinco quilômetros de congestionamento na região. O protesto é acompanhado pela PM Rodoviária, que "mantém diálogo com os manifestantes no local". O UOL pediu mais detalhes à corporação e ainda aguarda retorno.

Sem luz há 4 dias

Ao todo, 30.200 clientes estão sem luz desde sexta-feira (3). Já os consumidores sem energia elétrica há mais de 24 horas ainda somam cerca de 107 mil, segundo o último boletim divulgado pela Enel, concessionária responsável pelo serviço. "A companhia reforça que está atuando com mais de 3 mil técnicos nas ruas e que têm trabalhado de forma incansável para reconstruir trechos inteiros da rede elétrica", disse a empresa em nota.

Falta de luz também afetou o abastecimento de água. Além de Cotia, onde foi feito um dos protestos de hoje, também foram prejudicados os moradores de Jandira, Vargem Grande Paulista e Pirapora do Bom Jesus. Em Osasco, os reservatórios estão em recuperação.

Problemas começaram após um temporal com fortes ventos. As rajadas superiores a 100 km/h derrubaram centenas de árvores no estado. A velocidade é a maior já registrada desde 1995, quando os dados começaram a ser computados pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura de São Paulo.

Defesa Civil e Bombeiros confirmaram oito mortes. A última vítima, que estava internada após ser atingida por uma árvore, era de Ibiúna, no interior do estado. Os outros sete mortos eram de São Paulo (2), Suzano, Osasco, Santo André, Limeira e Ilhabela.

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