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'Foi vingança', diz mãe de jovem achada morta enrolada em tapete em SP

A mãe de Damaris Almeida, jovem encontrada morta dentro do banheiro da própria casa em São Paulo, disse acreditar que a filha foi morta por "vingança" do noivo, suspeito de ter cometido o crime. O homem, de 26 anos, está desaparecido. A entrevista foi concedida ao SP1 (TV Globo).

O que aconteceu:

Marival de Almeida, mãe de Damaris, afirmou que a filha era "extrovertida, bem-educada, trabalhadora, alegre, apesar de tudo, comunicativa". Segundo a mãe, a filha falava com ela todos os dias, mas parou de entrar em contato a partir de terça-feira (7). "Eu percebi que tinha alguma coisa acontecendo, mas a gente não pode pensar no pior."

No último contato, via celular, a jovem de 26 anos disse para a mãe que iria na casa dela, mas no período da tarde a recepcionista enviou outra mensagem mudando a data da visita para quinta-feira (9).

Familiares entraram na residência de Damaris em busca dela na quinta e encontraram o corpo da jovem enrolado em um tapete dentro do banheiro. "O cheiro já estava demais no quintal", disse a mãe. O corpo da jovem já estava em decomposição quando foi achado na casa.

A mãe de Damaris acredita que o noivo da vítima, que não foi identificado pelas autoridades, teria matado a jovem por vingança, já que a recepcionista pretendia se separar dele. O caso foi registrado como feminicídio pelo 24º Distrito Policial (Ponte Rasa).

A Damaris tinha falado para mim há um mês que ela iria largar ele e que ia voltar para casa. Eu falei que 'tudo bem, pode vir'. Ela falava para mim que iria se separar dele. Para mim, foi vingança.
Marival de Almeida, mãe de Damaris

O velório e sepultamento de Damaris está marcado para amanhã (11) de manhã em um cemitério na zona leste de São Paulo.

Relembre o caso:

Damaris foi encontrada morta dentro do banheiro da própria casa na tarde de quinta-feira (9) em Itaquera, na zona leste de São Paulo.

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Policiais militares que atenderam a ocorrência encontraram a vítima caída no chão do banheiro, enrolada no tapete, já sem vida, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).

A suspeita é que a vítima, que trabalhava como recepcionista em um hotel em São Paulo, tenha sido asfixiada, segundo a polícia relatou à RecordTV.

Entorpecentes também foram encontrados dentro da casa, de acordo com o Gabriel, irmão de Damaris, que declarou ao Cidade Alerta (RecordTV) que o cunhado seria usuário de drogas.

A jovem morava com o noivo havia cinco anos. Nas últimas semanas, ela chegou a pedir para voltar a morar na casa da mãe, o que já havia ocorrido anteriormente. Apesar do pedido, a Damaris não explicou qual seria o motivo da solicitação.

A gente via, por fora, que eles tinham um relacionamento bom. (...) Mas mais de uma vez ela queria ir para a casa [da mãe], ficar uns dias lá, porque estava tendo atrito com o esposo. Eles sempre brigaram.
Irmão de Damaris à RecordTV

O caso foi registrado como feminicídio pelo 24º Distrito Policial (Ponte Rasa).

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Nas redes sociais, amigos da jovem lamentaram a morte. "Não quero, não posso e nem consigo acreditar. Por que fizeram tanta crueldade com você, amiga? Que Deus te receba de braços abertos", escreveu uma.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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