Conteúdo publicado há 6 meses

'Não existe agressão', diz investigador que apontou arma a jovem negro

O policial civil flagrado em vídeo apontando uma arma para um adolescente negro disse que queria prender o jovem.

O que aconteceu

O investigador afirmou que naquele dia estava com a esposa e os filhos quando a companheira teria tido o aparelho levado pelo adolescente. Ele, então, teria sacado a arma e corrido em direção ao suspeito com o objetivo de prendê-lo.

Imagens divulgadas pela Ponte Jornalismo mostram Paulo Hyun Bae Kim ameaçando um jovem negro em frente à estação do metrô Carandiru. Ele é impedido de atirar pela esposa, que fica entre o jovem negro e ele.

Imediatamente, eu saco minha pistola, e vou atrás deles. (...) Um deles acaba por perder equilíbrio, e um dos pedestres ali, um dos cidadãos ali, acaba detendo esse menor, o suposto menor. Ocorre uma aglomeração de pessoas, e uma delas ali grita: 'solta, solta, solta o moleque, solta o moleque'. Paulo Hyun Bae Kim

Paulo Hyun Bae Kim negou que tenha ocorrido agressão ou tenha sido racista. "Em momento nenhum eu excedo na minha conduta. Não existe agressão ali. Eu só queria contê-lo e prendê-lo. (...) Eu não sou um cara racista. Esse crime não tem cunho racial", diz.

PM presenciou cena, mas não atuou

A policial militar que também aparece nas imagens da Ponte Jornalismo foi identificada, informou a SSP. Ela se recusou a intervir na situação e disse que estava de folga.

A PM está afastada dos serviços operacionais até a conclusão do inquérito militar, disse a secretaria.

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A pessoa que grava as imagens se aproxima da policial militar e avisa que o homem está armado. Ela faz um sinal de telefone com as mãos e diz: "Liga 190".

O autor do vídeo volta a questionar a PM e eles discutem. Ele se identifica como profissional da imprensa e ela ameaça prendê-lo.

A SSP afirmou que, após o vídeo viralizar, instaurou um inquérito policial e identificou o agente policial como autor da ameaça.

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