Vai ter greve do Metrô SP amanhã (24/11)? Saiba últimas notícias

Não haverá greve do Metrô de São Paulo amanhã (24). O Sindicato dos Trabalhadores do Metrô de São Paulo anunciou sua adesão à greve unificada programada para a próxima terça-feira (28).

O que aconteceu?

A oposição às propostas de privatizações e terceirizações apresentadas pelo governo paulista motivou a decisão da categoria.

A maioria dos funcionários expressou seu apoio à paralisação durante a votação realizada. O sindicato promoveu uma assembleia para debater a greve conjunta, envolvendo trabalhadores do Metrô, Sabesp, CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) e outros órgãos estaduais.

Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, destacou que a greve unificada é principalmente uma resposta à política de privatização implementada pelo governo paulista. Ela enfatizou os processos acelerados de privatização no Metrô, na Fundação Casa, na Sabesp e na Educação, esta última enfrentando um corte de 10 bilhões de reais, conforme afirmou.

A dirigente sindical propôs a abertura das catracas no dia 28 de novembro como uma medida de desafio ao governador. Ela argumentou que as privatizações podem impactar serviços essenciais, como o abastecimento de água, e citou preocupações relacionadas ao corte no orçamento da Educação e ao leilão da Linha 7-Rubi da CPTM.

Funcionários da CPTM já aprovaram o "estado de greve" hoje e planejam uma assembleia na próxima segunda-feira (27) para decidir sobre a greve. Trabalhadores da Sabesp também votarão na mesma data para ratificar a paralisação.

Uma coletiva intersindical está agendada para a manhã desta sexta-feira (24).

Os trabalhadores do Metrô já realizaram três paralisações este ano, sendo uma em março por reivindicações trabalhistas e duas em outubro contra o plano de privatizações do estado.

Houve também outras duas ameaças de interrupção das atividades ao longo do ano.

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O que diz o governo?

O governador Tarcísio de Freitas reafirmou em outubro sua intenção de privatizar as linhas remanescentes da CPTM e as linhas do Metrô administradas diretamente pela empresa pública. Ele argumentou que esse plano foi uma das principais plataformas de sua campanha em 2022 e tem sido amplamente discutido com a população.

Na última greve, ocorrida em 3 de outubro, o governador classificou o movimento como "político", "ilegal" e "abusivo". A Justiça do Trabalho determinou 100% de operação nos horários de pico, mas as categorias descumpriram a decisão.

Quanto à privatização da Sabesp, o Congresso de Comissões da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o relatório sobre o projeto de lei que prevê a privatização. O projeto agora segue para o plenário, onde o governo espera votá-lo nas próximas semanas, necessitando de 48 votos dos 94 deputados para ser aprovado.

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