Greve de ônibus amanhã (1/12) em SP? O que se sabe sobre paralisação

Em meio a uma disputa interna pela liderança do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de São Paulo), um grupo de funcionários anunciou sua intenção de interromper suas atividades a partir de amanhã (1).

O que aconteceu?

Segundo relatos ao UOL, a maioria dos motoristas e cobradores planeja aderir à paralisação, programada para iniciar às 0h desta sexta-feira.

A decisão de fazer greve foi tomada como uma forma de protesto contra a decisão judicial que suspendeu as eleições para a diretoria do sindicato. A Justiça atendeu ao pedido de uma das chapas que participaram da eleição, impondo uma multa de R$ 50 mil a Edivaldo Santiago da Silva, líder da chapa 4.

Edivaldo saiu vitorioso nas eleições internas com 14 mil votos, de um total de 20 mil. A Justiça também determinou a publicação de um novo edital para as eleições até 28 de dezembro, além de solicitar urnas eletrônicas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Na semana anterior, motoristas já haviam fechado terminais de ônibus em protesto contra a votação para a diretoria do sindicato.

A reportagem tentou contatar a Prefeitura de São Paulo para saber se a gestão municipal foi informada e se há um plano para amanhã, mas não obteve resposta.

O sindicato se opõe à greve

Contrariando o grupo que ameaça entrar em greve amanhã, o sindicato emitiu uma nota nas redes sociais expressando sua oposição à paralisação. O comunicado é assinado pelo presidente Valdevan Noventa, ex-deputado federal.

Essas pessoas buscam coagir o Poder Judiciário para validarem de qualquer maneira uma eleição viciada e fraudulenta, obtendo vantagem manifestamente indevida e ilícita.
Trecho de nota do SindMotorista

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O sindicato também classificou a decisão como uma "exploração política" e uma maneira de "obter vantagens indevidas". O presidente declarou que a entidade buscará a prisão dos responsáveis pela greve.

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