Como foi tiroteio que acabou em morte de empresário, investigadora e vigia
Um tiroteio na tarde de sábado (16) na rua Guadelupe, no bairro Jardim América, na zona oeste de São Paulo, deixou três mortos. As vítimas foram um empresário e dono da mansão onde ocorreu o confronto, um vigilante particular e uma investigadora da Polícia Civil.
O tiroteio
Investigação de outro crime. A origem do confronto foi a ida de uma dupla de policiais à rua para investigar um furto em uma residência da região que havia acontecido na última sexta-feira (15).
A equipe da polícia fazia vigia no perímetro quando foi alvejada pelo proprietário da casa. Os agentes estavam fazendo "campana" e tentaram pedir imagens na casa ao lado de onde teria ocorrido o furto. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), a policial tocou a campainha de uma casa para pedir ao proprietário imagens das câmeras de segurança.
Vizinho alertou dono de mansão. Um vizinho, que teria ficado sabendo do furto, acreditou que os policiais seriam, na verdade, os criminosos —e teria avisado o proprietário da casa. Nesse momento, o dono da casa e um funcionário, que seria CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), teriam disparado contra os policiais.
O dono da casa recebeu a policial a tiros e o policial que acompanhava a investigadora também disparou, ainda de acordo com a SSP. "O colega dela reagiu e acertou o atirador. Um funcionário pegou a arma do chão para atirar nos policiais e também foi baleado", informou a pasta por meio de nota.
Três vítimas. Morreram o proprietário da casa, Rogério Saladino dos Santos, 56; o vigilante, Alex James Gomes Mury, 49; e a agente, Milene Bagalho Estevam, 39. O caso foi registrado como homicídio e morte decorrente de intervenção policial na Divisão de Homicídios do DHPP, que investigará o caso.
O resgate foi acionado após a troca de tiros. A policial e o empresário foram levados a um hospital, mas não resistiram. Já o vigilante morreu no local.
As quatro armas envolvidas na ocorrência foram apreendidas. Duas eram dos dois policiais civis e duas do empresário. Na casa, os policias ainda encontraram porções de drogas, informou a secretaria.
Drogas e passagem na polícia
Rogério Saladino, dono de uma rede de clínicas de exames laboratoriais, é conhecido por sediar festas em destino de luxo na Bahia. Ele era considerado influente dentro da área de medicina diagnóstica e já foi mencionado por uma revista especializada como um dos mais influentes do setor da saúde por sua atuação no Grupo Biofast, empresa que presidia.
O empresário, no entanto, possuía passagens por homicídio, lesão corporal e crime ambiental, segundo a SSP. De acordo com a família, o homicídio refere-se a um atropelamento ocorrido na estrada de Natividade da Serra (SP) há 25 anos. A assessoria da família disse tratar-se de uma "fatalidade, na qual o empresário Rogério socorreu a vítima".
Bebidas e drogas. No momento das mortes, havia mais pessoas na casa, que estariam em um almoço. Segundo informações, o empresário teria consumido bebida alcoólica. Também foram encontradas porções de drogas dentro da casa do após o incidente.
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