Conteúdo publicado há 4 meses

Ex-sogro enviou áudio para advogada antes de morrer envenenado em GO; ouça

Pouco antes de morrer envenenado, Leonardo Pereira Alves, 58, enviou um áudio para a ex-nora, a advogada Amanda Partata, em que relatou estar passando mal e a alertou para que tomasse "cuidado". Segundo a Polícia Civil de Goiás, a advogada é a responsável pelo crime, que também vitimou a mãe de Leonardo, Luzia Alves, 86.

O que aconteceu

Leonardo diz a Amanda que ele e a mãe começaram a passar mal, após ela sair de sua casa. A vítima afirma que estava com diarreia e vomitando, mesmos sintomas apresentados por sua mãe. Em seguida, ele fala que vai para o hospital e aconselha a ex-nora que faça o mesmo.

Olha, desde que você saiu, eu estou vomitando, com diarreia e estou achando que vou agora para o médico tomar soro. E minha mãe começou também a vomitar e diarreia, e eu falei com o Leozinho [ex-namorado da suspeita] e ele falou que é melhor ir para o hospital tomar soro. Minha mãe foi só aquilo [os doces] que ela comeu, o mingau e aquilo lá. Eu comi negócio e o doce, meu pai não comeu nada e está zerado, mas você comeu... Cuidado, você pode passar mal também.
Leonardo Pereira Alves, em áudio à ex-nora, antes de morrer envenenado

Crime ocorreu no dia 17 de dezembro. Segundo a Polícia Civil de Goiás, Amanda Partata teria envenenado os familiares de seu ex-namorado por não aceitar o fim da relação. Ainda de acordo com os investigadores, ela mantinha contato com as vítimas porque fingia estar grávida do ex.

Polícia disse ter encontrado dois testes de gravidez negativos, um de agosto e outro de dezembro, e concluiu que ela forjou toda a história. Ainda segundo os investigadores, a advogada já fingiu estar gestantes para pelo menos seis ex-namorados.

Advogada comprou veneno pela internet

A Polícia Civil de Goiás já encerrou a investigação do caso. Em entrevista coletiva, o órgão disse ter encontrado a nota fiscal da compra do veneno com o nome e endereço de Amanda Partata.

Ela comprou veneno pela internet usando o próprio nome e endereço. A advogada pediu a entrega em Itumbiara, a cerca de 200 km da capital goiana. Como não estava na cidade, ela pediu a um motorista de aplicativo que levasse a caixa até ela, em Goiânia.

Vídeos obtidos pela investigação mostram mulher recebendo e abrindo o pacote. A nota fiscal mostra que a substância adquirida é a mesma encontrada no corpo das vítimas.

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Polícia disse acreditar que ela cometeu o crime para afetar o ex-namorado. Em conversas com ele no WhatsApp, ela perguntou qual era o maior medo dele, e concluiu que era de perder a família.

Suspeita pareceu fria e não demonstrou arrependimento, disseram os policiais. Ela entrou com um pedido de soltura, mas a Justiça de Goiás negou. "A Polícia Civil espera que a prisão seja mantida. É uma pessoa perigosa", afirmou um dos investigadores em entrevista coletiva.

Amanda Partata está presa e será indiciada por dois homicídios qualificados por motivo torpe e envenenamento, além da tentativa de homicídio do pai do ex-sogro. Ele recusou o bolo envenenado por ser diabético. Em nota, a defesa dela disse que só vai se manifestar nos autos do processo.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do que informava a primeira versão do texto, a advogada Amanda Partata era ex-nora de Leonardo, e não ex-sogra. O texto foi corrigido.

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