Jovens mortos em SC: Polícia Civil apura como gás tóxico entrou na BMW

Investigações preliminares apontam que os quatro jovens encontrados mortos dentro de um BMW em Balneário Camboriú (SC) foram vítimas de intoxicação por monóxido de carbono.

O que falta descobrir

A suspeita é de que o gás — que não tem cheiro e é extremamente tóxico — entrou no BMW 320i por meio de uma perfuração que havia no cano entre o motor e o painel. As vítimas ficaram de três a quatro horas dentro do carro, com o ar-condicionado ligado.

Não se sabe o que causou o possível vazamento do monóxido de carbono no carro. Uma perícia inicial identificou uma desconexão entre o motor e o sistema de escapamento, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. A Polícia Civil de SC aguarda o resultado da perícia completa e está ouvindo testemunhas.

Recente customização feita no veículo para ampliar o ronco do motor pode ter provocado a falha. Essa é a principal suspeita da polícia para explicar o vazamento de gás dentro do carro.

Laudos da perícia nos corpos e no veículo ainda serão divulgados. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso e aguarda pelo resultado dos exames. Testemunhas também estão sendo ouvidas.

A polícia não descartou outras hipóteses, embora as investigações preliminares apontem para morte acidental. A Polícia Civil disse estar "aberta" e ainda não confirmou se os quatro jovens, de fato, morreram de asfixia por intoxicação de monóxido de carbono.

Vídeo da Polícia Civil de SC mostra buraco em BMW por onde gás pode ter vazado
Vídeo da Polícia Civil de SC mostra buraco em BMW por onde gás pode ter vazado Imagem: Divulgação/Polícia Civil de SC

O que se sabe

Vítimas foram encontradas no dia 1º, na rodoviária de Balneário Camboriú. Os quatro haviam ido buscar a namorada de um deles, que vinha de ônibus de Minas Gerais, quando passaram mal. Eles tiveram enjoos e tonturas e, por isso, decidiram esperar no carro até que se sentissem melhor.

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Principal linha de investigação aponta para morte acidental. Uma perícia preliminar indica asfixia por intoxicação de monóxido de carbono como causa da morte.

Não havia sinais de violência. O veículo e os celulares das vítimas foram apreendidos.

Corpos passaram por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal). Também foi feita a coleta de material biológico para exame toxicológico.

Jovens eram amigos, mineiros e tinham entre 16 e 24 anos. Eles foram identificados como Gustavo Pereira Silveira Elias, 24; Thiago de Lima Ribeiro, 21; Karla Aparecida dos Santos, 19; e Nicolas Kovaleski, de 16 anos. As vítimas eram de Paracatu (MG) e estavam morando em São José, na Grande Florianópolis, havia cerca de um mês.

Vítimas serão veladas juntas em sua cidade natal, em Minas Gerais. A cerimônia será realizada no ginásio do Jóquei Clube de Paracatu. O horário não foi divulgado, mas a expectativa é de que o velório comece na manhã de hoje. A prefeitura cedeu carros funerários para buscar os corpos.

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