Previsão para 2024 é de temperaturas ainda mais altas, diz meteorologista
O El Niño pode fazer as temperaturas de 2024 serem ainda mais altas do que os recordes registrados em 2023, disse o meteorologista do Inpe, Gilvan Sampaio, em participação no UOL News da tarde desta quarta-feira (10).
Neste ano, a previsão é de temperaturas mais altas, pelo seguinte: ano passado, não tínhamos durante o verão o El Niño de intensidade forte. Tivemos um El Niño de intensidade forte em 2015, 1997 e 1998.
E as consequências do El Niño para o Brasil, quais são? O aumento do volume de chuvas no sul do Brasil, a seca na Amazônia e, virando o ano, começa a ter seca de diversas intensidades no nordeste do Brasil e temperaturas altas em todo o Brasil.
O El Niño somado ao aquecimento global traz essa combinação que estamos vendo agora. Esse ano de 2023 já foi o ano mais quente já registrado, não só no mundo, mas no Brasil também. Este verão de 2023-2024 deve estar entre os verões mais quentes já registrados.
Recordes de temperatura
Novos recordes de temperatura foram batidos em muitos lugares do mundo - inclusive no Brasil - em meio às ondas de calor registradas em 2023. Esses eventos representaram o início do colapso climático, segundo o novo relatório da OMM, agência da Organização das Nações Unidas (ONU).Como o El Niño só deve se dissipar entre abril e junho de 2024, é possível esperar novas ondas de calor.
Aquecimento global é o principal fator por trás do aumento das temporaturas, diz a OMM. Mas o El Niño "tem impacto na temperatura global, especialmente no ano seguinte ao de sua formação, neste caso, 2024".
No Brasil, El Niño pode provocar alteração no regime de chuva. A previsão é de novos eventos de secas e estiagens intensas, sobretudo no Nordeste e no Norte, e chuvas acima do normal no Sul, a exemplo do que já ocorreu em 2023. Além disso, incêndios florestais no Cerrado e na Amazônia podem ocorrer com mais frequência.
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