Conteúdo publicado há 10 meses

Oitiva de dono de oficina que modificou BMW onde jovens morreram é adiada

A Polícia Civil de Santa Catarina adiou o depoimento do dono da oficina que modificou a BWM onde quatro jovens morreram por asfixia.

O que aconteceu

A polícia aguarda envio de laudos que vão embasar a apuração do caso. Segundo a corporação, o delegado Vicente Soares, titular das investigações, vai remarcar os depoimentos após receber os documentos, disse a Polícia Civil.

Oficina nega que modificação matou jovens

A defesa da oficina disse que a troca de escapamento foi realizada por outra empresa. O advogado David Soares não informou, porém, o nome da terceirizada, nem quando ou onde a peça foi fabricada ou adquirida.

Mecânica é, na verdade, uma loja de "estética automotiva". Segundo o advogado, são serviços que incluem "uma lavagem especial, micro pinturas, entre tantos outros".

A customização

A polícia disse, na semana passada, que acreditava que a customização foi feita de forma "caseira". No momento, trabalha-se com a hipótese de indiciamento por homicídio culposo.

Medições detectaram concentrações de, no mínimo, 1.000 ppm (partículas por milhão) de monóxido de carbono dentro do carro. Para se ter uma ideia, a leitura em um carro sem adulteração é de 20 a 30 ppm, direto na saída do escapamento. Essa concentração, de 1.000 ppm, é suficiente para provocar inconsciência e levar à morte em um período entre uma e duas horas.

A modificação que trocou o catalisador do escapamento por um downpipe foi feita em Aparecida de Goiânia, em Goiás. O downpipe proporciona maior vazão do fluxo de gases, aumentando a rotação da turbina e assim conseguindo gerar mais potência para o carro.

Jovens morreram asfixiados

O sistema de escapamento da BMW havia sido adulterado, o que provocou o vazamento do gás tóxico para o interior do veículo. A explicação foi dada em entrevista coletiva após análise da Polícia Científica.

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As vítimas ficaram entre três e quatro horas na rodoviária de Balneário Camboriú. Os quatro foram ao local para buscar a namorada de um deles, que vinha de ônibus de Minas Gerais.

A montadora não tem qualquer responsabilidade, concluiu a polícia. A modificação foi feita posteriormente, em uma oficina que não tem relação com a BMW.

Namorada disse que grupo que a esperava relatou enjoos e tonturas. Segundo ela, as vítimas decidiram ficar dentro do carro até que se sentissem melhor. Nesse período, eles ficaram o tempo todo com o ar-condicionado ligado.

 Gustavo, Thiago, Karla e Nicolas foram encontrados mortos em uma BMW em Balneário Camboriú (SC)
Gustavo, Thiago, Karla e Nicolas foram encontrados mortos em uma BMW em Balneário Camboriú (SC) Imagem: Reprodução/Instagram

Quem eram as vítimas

Os quatro mortos eram de Minas Gerais. Eles estavam morando em São José, na grande Florianópolis, há cerca de um mês.

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As vítimas foram identificadas como Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19, e Nicolas Kovaleski, 16 anos.

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