Conteúdo publicado há 10 meses

Belo Horizonte entra em situação de epidemia de dengue após alta de casos

A prefeitura de Belo Horizonte informou que a capital entrou em um cenário de epidemia após o aumento de casos de dengue.

O que aconteceu

A incidência na capital é de cerca de 484,6 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes já configuram, formalmente, uma situação epidêmica.

Até o momento, foram confirmados 1.952 casos de dengue e três óbitos, além de 151 casos de chikungunya. A partir desta quinta-feira (8), o processamento de amostras de exames PCR, para diagnóstico de dengue, chikungunya e zika, começará a ser realizado no setor de Biologia Molecular do Laboratório Municipal de Referência, da Prefeitura de Belo Horizonte.

A estratégia é para agilizar os resultados. Segundo a gestão municipal, a capacidade é de 200 análises por dia. A prefeitura garante que esse quantitativo será ampliado gradativamente.

O secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, argumenta que a cidade oferece assistência às pessoas. Mas diz que é indispensável a colaboração da população em ações de prevenção ao Aedes aegypti. "Nós monitoramos diariamente a situação da capital, a quantidade de casos confirmados e a pressão assistencial nas unidades de saúde da rede SUS-BH que atendem pessoas com sintomas de dengue. Porém, reforço novamente que é necessária a ajuda de cada um para eliminar, de dentro das casas, os possíveis recipientes que acumulem água e possam favorecer a procriação do mosquito", disse.

Casos de dengue dispararam no país neste começo do ano. São 364.855 casos prováveis e 40 mortes em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Mais 265 óbitos estão em investigação.

Atendimento em BH

Seis unidades específicas para atender exclusivamente pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika foram abertas. São três CAAS (Centros de Atendimento às Arboviroses), funcionando das 7h às 22h, nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova. Pessoas que apresentarem sintomas como febre, dores no corpo ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele podem procurar os equipamentos.

As Unidades de Reposição Volêmica funcionam todos os dias, por 24 horas, nas regionais Centro-sul e Venda Nova. Os locais recebem exclusivamente os usuários encaminhados de centros de saúde e CAAs e que precisam de hidratação e assistência contínua. Ou seja, não é um serviço de porta aberta. Há também uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fhemig e atende os usuários de 7h às 19h.

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O endereço completo de todas essas unidades pode ser verificado no portal da prefeitura. "Cabe reforçar que novos locais podem ser imediatamente abertos, a depender da demanda assistencial da cidade", esclareceu a gestão municipal.

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