Conteúdo publicado há 2 meses

Dentista é indiciada por deformar pacientes em cirurgias estéticas em Goiás

A dentista Hellen Kacia Matias da Silva foi indiciada por deformar o rosto de pacientes com a realização de procedimentos estéticos.

O que aconteceu

A dentista foi indiciada por crimes contra 21 pessoas. As denúncias incluem lesões corporais gravíssimas, infrações contra a saúde pública e contra as relações de consumo.

Hellen continua presa preventivamente. A defesa pediu a revogação da prisão, mas o pedido foi negado pela Jusitça.

Ao UOL, a defesa da dentista afirma que, dos 21 pacientes ouvidos no inquérito, só foram produzidos dois laudos de Auto de Corpo de Delito, que é a prova técnica para dar base às acusações impostas. "O primeiro deles não concluiu pela existência de lesão e o segundo apontou que a blefaroplastia foi feita por outra profissional", segundo os advogados.

Além de Hellen, outros três dentistas também foram indiciados. Eles vão responder por exercício ilegal da medicina e por crimes contra o consumidor.

Os nomes deles não foram divulgados e, por isso, o UOL não pode localizar as defesas. O espaço fica aberto para manifestações.

A prisão

Polícia teve acesso às mensagens recebidas pela clínica da dentista
Polícia teve acesso às mensagens recebidas pela clínica da dentista Imagem: Polícia Civil de Goiás/Reprodução

A polícia chegou até as vítimas após apreender o celular da recepção da clínica. Isso aconteceu na primeira fase da investigação contra a dentista, quando ela foi autuada por infrações administrativas.

Hellen oferecia procedimentos proibidos. A dentista anunciava cirurgias plásticas proibidas pelo Conselho Federal de Odontologia por preços abaixo do mercado, informou a polícia.

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Além de fazer as cirurgias em local inadequado, a mulher tratava pacientes que tinham o rosto deformado com descaso. A informação é de funcionários ouvidos pela polícia.

Pacientes narram "desespero". Em mensagens obtidas pela polícia, as pessoas pedem o dinheiro do procedimento de volta para tentar reparar a cirurgia com outros profissionais.

Cursos técnicos que custavam mais de R$ 10 mil. A investigação apontou que as aulas não são reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) e que essa informação até estava no contrato oferecido aos alunos.

Na época da prisão, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) disse que não teve acesso ao caso e, por isso, não poderia comentar. O espaço continua aberto para manifestações.

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