Conteúdo publicado há 4 meses

Vídeo: Militar saca arma e ameaça trabalhadores no PR por causa de barulho

Um subtenente do Exército foi flagrado por câmeras de segurança ameaçando trabalhadores de um prédio com uma arma de fogo em Curitiba (PR). Ele teria ido ao local reclamar do barulho provocado pelo conserto do portão principal do edifício, segundo o advogado das vítimas.

O que aconteceu

Vídeos obtidos pelo UOL mostram o momento em que Roberto Gonçalves Fernandes, de camisa branca, se aproxima dos funcionários. O caso ocorreu no último dia 4, por volta das 22h, no bairro Água Verde.

Ele discute com os trabalhadores, até que saca a arma. Depois, agarra um dos funcionários pela nuca e aponta a arma para ele.

O militar ainda direciona a arma para outro trabalhador, antes de deixar o local.

O advogado Rodrigo Cunha, que representa os dois funcionários ameaçados com a arma, disse ao UOL que o subtenente do Exército mora em um prédio ao lado de onde as vítimas estavam. Os trabalhadores consertavam o portão, mas o reparo já teria terminado quando o homem chegou.

"Pela legislação municipal, eles poderiam fazer essa manutenção no portão principal por ser obra emergencial", argumentou Cunha.

Denúncia à polícia

Em um primeiro momento, o autor da ameaça teria se identificado como policial. "Depois, descobrimos que ele é morador, síndico e subtenente do Exército", disse o advogado.

As vítimas registraram boletim de ocorrência no dia seguinte à ameaça. Rodrigo Cunha informou que também acionou a Justiça para pedir indenização por danos morais. "Em razão do grave abalo psicológico que as vítimas sofreram, e pedimos providências do Exército porque o porte de arma dele deve ser suspenso até a situação ser esclarecida e o agressor, punido".

Continua após a publicidade

Os dois homens ameaçados com a arma foram ouvidos na semana passada, segundo a Polícia Civil. Depoimentos de testemunhas, como dos outros funcionários que presenciaram a ameaça, serão realizados nos próximos dias no âmbito do inquérito policial aberto.

Cunha ressaltou que o episódio poderia ter tido um desfecho ainda pior. "Caso esse militar tivesse apertado o gatilho, porque a arma já estava engatilhada, seria uma tragédia total. Ou se um dos trabalhadores agisse de legítima defesa tentando cessar a agressão. Seria uma tragédia mais grave do que já foi o abalo psicológico".

O UOL não conseguiu localizar a defesa do autor da ameaça. O espaço segue aberto para manifestação.

O Exército informou que o subtenente foi transferido recentemente para Curitiba, "encontrando-se, neste momento, em trânsito na cidade". A instituição também disse que não comenta assuntos em investigação.

Deixe seu comentário

Só para assinantes