Polícia apreende R$ 14 milhões de grupo que aplicava golpe nas redes no CE
Uma operação da Polícia Civil do Ceará apreendeu R$ 14 milhões em bens, incluindo carros de luxo e um iate, de um grupo que promovia pirâmides financeiras nas redes sociais.
O que aconteceu
Apreensões ocorreram na grande Fortaleza, mas não houve prisão de suspeitos. Três homens entre quatro investigados tiveram ação de busca em seus endereços. O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Samuel Elano, classificou o grupo como uma "organização criminosa que responde por lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e estelionato".
Grupo fez vítimas em diversos estados com falsas promessas de investimentos supostamente muito lucrativos. No esquema de pirâmide, o grupo utilizava dos bens de luxo para vender um ideal de sucesso e atrair pessoas, que aplicavam quantias desde R$ 1 mil até R$ 500 mil, disse o delegado Rene Mesquita, titular da Delegacia de Combate às Crimes de Lavagem de Dinheiro.
Um dos investigados se apresentava como "blogueiro" e "empresário" que teria obtido o sucesso por meio de aplicações com criptomoedas. A polícia afirma que o estilo de vida com "ostentação" atraía mais "clientes" para os falsos investimentos, que tinham um valor de retorno muito maior do que o visto no mercado financeiro, apontam as autoridades.
Oito veículos —incluindo um Lamborghini e um Porsche —, uma lancha e 25 relógios de luxo foram apreendidos; também houve o sequestro de um imóvel. Além disso, Rene Mesquita afirmou que foram bloqueadas contas bancárias e criptoativos para "tentar exatamente restaurar o patrimônio das vítimas".
Polícia investiga grupo há mais de um ano. As autoridades esperam apreender outros bens conforme as investigações avançarem.
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