Marielle: Moraes manda suspeitos que não foram presos usarem tornozeleiras
A Justiça determinou a suspensão e apreensão dos passaportes de três suspeitos de envolvimento no crime que não foram presos e obrigou que eles usem tornozeleiras eletrônicas.
O que aconteceu
A possibilidade de saída do Brasil foi um dos motivos da antecipação da operação —deflagrada num domingo. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ressaltou que houve agilidade na burocracia judicial. Sem passaporte e com tornozeleira eletrônica, fica difícil os suspeitos escaparem.
Esses três suspeitos estão vinculados ao delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele é apontado como a autoridade policial que prometeu impunidade aos assassinos e teria agido para atrapalhar as investigações.
Os alvos das medidas cautelares são:
- Giniton Lages, delegado que assumiu o departamento policial de homicídios da capital fluminense e dificultou a apuração;
- Marco Antônio de Barros Pinto, comissário de polícia que teria prejudicado a investigação;
- Érika Andrade de Almeida Araújo, esposa de Rivaldo, suspeita de lavar o dinheiro recebido do jogo ilegal;
As ordens partiram do ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele é o relator do caso e quem homologou a delação premiada de Ronnie Lessa, um dos assassinos de Marielle e Anderson.
Suspensão de porte de arma
O delegado Giniton e o comissário da Polícia Civil tiveram o porte de arma suspenso. Eventuais certificados de colecionador, tiro esportivo ou caça também perderam a validade.
Os três estão proibidos de deixar a cidade em que moram. Também existe a obrigação de se apresentarem perante a Justiça às segundas-feiras.
Por último, os suspeitos estão proibidos de conversarem entre si. A violação de qualquer uma das medidas cautelares resulta em decretação de prisão.
Deixe seu comentário