MP denuncia motorista de Porsche por homicídio com intenção de matar

O MP denunciou hoje o empresário Fernando Sastre Andrade Filho por homicídio doloso (quando há intenção de matar) qualificado e lesão corporal gravíssima. Ele dirigia um Porsche no acidente que deixou uma pessoa morta e outra ferida, na madrugada de 31 de março em São Paulo.

O que aconteceu

MP pediu prisão preventiva para evitar que o empresário influencie testemunhas "como já fez ao longo das investigações". A denúncia foi feita pela promotora Monique Ratton. Agora, o pedido é analisado pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), que informa que o caso tramita em segredo de Justiça. Procurada, a defesa do empresário diz que não irá se manifestar.

Crime foi praticado com meios que dificultaram a defesa da vítima, diz MP. Segundo a promotora Ratton, o motorista de app Ornaldo Viana, 54, que morreu com a colisão, dirigia "dentro das condições adequadas da via, com uso de cinto de segurança e abaixo da velocidade permitida no local". Segundo o MP, ele transitava a 40 km/h e não teve tempo para desviar ou esboçar qualquer reação, já que o empresário estava a 156,4 km/h quando bateu e matou o motorista —a velocidade permitida na Avenida Salim Farah Maluf, local do acidente, é de 50km/h.

MP convocou oito testemunhas para depor na Justiça. Se condenado pelo crime de homicídio doloso qualificado, a pena do empresário pode variar de 12 a 30 anos de prisão.

Promotoria diz que motorista do Porsche ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir. "A namorada e um casal de amigos tentaram demovê-lo da intenção de dirigir, mas o condutor ainda assim optou por assumir risco", diz o documento do MP.

MP solicita dados da Justiça Militar para que PMs que liberaram motorista após o acidente respondam criminalmente pela ação. Segundo a promotora Monica Ratton, os PMs podem ser criminalizados por terem atendido o pedido da mãe do condutor do Porsche para que ele fosse liberado para ser levado ao hospital "quando deveriam tê-lo escoltado", diz.

Acusações de embriaguez e fuga do local

Outras duas acusações constam no processo. Além de homicídio, Fernando também será julgado por lesão corporal, causada contra o amigo Marcus Vinicius Rocha —que estava no Porsche e se feriu gravemente; e fuga do local de acidente. Ele não prestou socorro e não fez teste do bafômetro.

Testemunhas relataram que Fernando apresentava sinais de embriaguez. Na última semana, o MP solicitou quebra dos dados bancários do empresário, com o objetivo de constatar se Fernando comprou bebidas alcoólica momentos antes da colisão.

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Defesa do empresário negou fuga após o acidente. De acordo com a advogada Carine Garcia, não houve fuga do local. Segundo ela, a mãe apenas preservou a integridade física do filho para que ele não sofresse agressões no local. A mãe de Fernando, Daniela de Medeiros, também foi indiciada como coautora da fuga.

78 comentários

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Galindo Hernandez

A interpretação deveria de ser SEMPRE essa ! Quando um cidadão bebe e sai dirigindo um carro a 150 Km/h e acaba por causar um acidente e matar outro cidadão, o homicídio sempre tem de ser sempre considerado DOLOSO ! Ou seja, com intenção de matar. A pessoa que não tem intenção de matar não dirige após beber. Muito menos a 150 Km/h. Simples assim... Vamos ver agora se o juiz vai seguir o que pede o MP, pois essa juizada do Brasil o que mais faz é passar pano pra criminoso branco e rico. Essa cultura de nossos juízes precisa MUDAR ! Que esse moleque seja logo condenado e que fique por muitos anos na cadeia, não só pra pagar pelo que fez, mas pra servir de exemplo à sociedade...

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Mariana Nina Rodrigues Bontorin

Eu acho muito estranho, os policiais não seguirem o protocolo. Só o fato dele ter colidido com outro carro, cujo o motorista foi a Obito, já deveria ter encaminhado para delegacia. Os policias devem ser afastado e responderem criminalmente para que isto não se repita. A namorada foi depõe em companhia do advogado do acusado, para mim é coagir a testemunha.

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Marcos Roberto

E a mãe dele? Não vai da  nada pra ela?

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