Em dez dias, RS registrou o equivalente a três meses de chuva
Em dez dias, o Rio Grande do Sul registrou o equivalente a três meses de chuva. Ao todo, foram 420 milímetros de precipitação entre os dias 24 de abril a 4 de maio, de acordo com o governo do Estado.
O que aconteceu
Governo estadual classifica chuvas como "persistentes e em volumes extraordinários". O Rio Grande do Sul registra a maior catástrofe climática até hoje.
A média de chuvas esperada para o último mês era de 180 milímetros. Porém, atingiu 420 milímetros nos últimos dez dias, segundo comunicado divulgado pelo governo do estado gaúcho neste domingo (5).
334 municípios foram afetados pelas enchentes e 75 mortes foram registradas até o início da tarde de hoje. Além dos óbitos, o último boletim da Defesa Civil contabiliza 88.019 pessoas desalojadas, 16.609 em abrigos, 155 feridos e 103 desaparecidos.
As chuvas também deixaram 1 milhão de imóveis sem água. Além disso 418 mil estão sem luz e 110 hospitais tiveram o funcionamento comprometido no Rio Grande do Sul.
Defesa Civil emitiu um alerta de inundação para 16 municípios da região metropolitana de Porto Alegre. Além da capital gaúcha estão na lista: Barra do Ribeiro, Canoas, Cachoeirinha, Charqueadas, Eldorado do Sul, Gravataí, Guaíba, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Pareci Novo, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Taquara, Triunfo.
Elevação do nível dos rios coloca sob pressão 12 barragens. A afirmação é do governador Eduardo Leite (PSDB), em coletiva de imprensa na manhã deste domingo, no qual também participa o presidente Lula (PT).
"O Rio Grande do Sul é um Estado que tem dificuldades para operar na normalidade por conta das restrições fiscais, grave problema que temos por conta de dívidas contraídas ao longo de tempos. [Se] já dificulta em tempos de normalidade, em tempos de excepcionalidade não vamos conseguir dar resposta, não vamos ter fôlego para responder se a gente não encaminhar determinadas soluções", afirmou Leite durante o evento.
Presidente Lula afirmou que "não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado".
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