Valor arrecadado pelo RS com doações via Pix ultrapassa marca dos R$ 100 mi
O valor arrecadado pelo governo do Rio Grande do Sul, com doações feitas por meio do Pix, ultrapassou a marca dos R$ 100 milhões nesta terça-feira (14).
O que aconteceu
Marca foi alcançada 12 dias após início da campanha. A iniciativa foi idealizada pelo governo gaúcho, mas conduzida em conjunto com um grupo de entidades privadas. O valor exato da arrecadação foi de R$ 101,3 milhões.
Vítimas das chuvas receberão ajuda com esse dinheiro. O Comitê Gestor decidiu conceder auxílio de R$ 2 mil para cada beneficiado. Isso quer dizer que cerca de 50 mil famílias atingidas pela tragédia receberão essa quantia.
Para receber o valor, as pessoas terão que se enquadrar em algumas regras, como, por exemplo:
- renda familiar de até três salários mínimos (R$ 4.236);
- inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF);
- não contempladas pelo programa Volta por Cima, do governo do Rio Grande do Sul, criado pelo Decreto 57.607, de 9 de maio de 2024.
Quem receber poderá usar o valor da forma como entender mais adequada, seja para a compra de material de construção, medicamentos ou alimentos depois que sair da assistência do Estado. Artur Lemos, chefe da Casa Civil
Governo diz que vítimas poderão gastar da forma como achar melhor. O auxílio será distribuído primeiro em áreas afetadas pelas inundações, mas que já tenham condições de serem recuperadas. O DEE (Departamento de Economia e Estatística), vinculado à SPGG (Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão), será o responsável por fazer o levantamento desses locais.
Número de mortos não para de subir
Além dos 148 óbitos, há 124 desaparecidos e 806 pessoas feridas. A informação é de boletim publicado pela Defesa Civil. Mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Há 538.545 desalojados e 76.884 pessoas em abrigos.
Quase 95% da atividade econômica do Rio Grande do Sul - exatamente 94,3% - foi afetada pelas cheias que arrasaram o Estado, de acordo com a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).
Entre os locais mais atingidos, na Região da Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos.
Já na Região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco. Por fim, a Região do Vale do Taquari é forte nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.
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