Conteúdo publicado há 1 mês

RS: água recua, e vídeos mostram destruição de casas, ruas e bairros; veja

Após o recuo da água, vídeos mostram o rastro de destruição deixado pelos fortes temporais que caíram nas últimas semanas no Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Imagens foram compartilhadas no TikTok. Em uma das gravações, moradores mostram a sujeira deixada pela inundação, que avançou por escada e alcançou até o andar de cima da residência. Na sequência, aparecem eletrodomésticos, roupas e móveis atolados.

Lama até o joelho e dificuldade para caminhar. Em outra imagem, uma das pessoas aparece no vídeo tentando caminhar pelas ruas repletas de barro. A sujeira bate quase na cintura, o que dificulta ainda mais a locomoção.

Outros registros resumem o cenário de caos. São ruas intransitáveis, casas destruídas, móveis amontados, comida estragada e pessoas atordoadas e desiludidas. "Tudo bem ser um bem material, mas é triste saber que, de uma hora para outra, você perde tudo", diz a legenda de gravação feita por morador.

Após o recuo da água, gaúchos também publicaram vídeos mostrando a limpeza de suas casas e os dias de trabalho que terão pela frente. "Dia de recomeço por aqui. Orem pelo Rio Grande do Sul", pediu homem, em vídeo, ao mostrar a sujeira.

Monitoramento do nível da água

Nível da água caiu 24 centímetros nas últimas 24 horas. O Guaíba, em Porto Alegre, voltou a ficar abaixo dos 5 metros no início da manhã desta quinta-feira (16), o que não acontecia desde segunda (13). Às 5h15, a cota do Guaíba era de 4,98 metros, segundo dados da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura) e da ANA (Agência Nacional de Águas).

Guaíba ainda está 2 metros acima da cota de inundação. A referência, de 3 metros, é usada para indicar quando há risco de danos aos municípios.

Redução gradual do nível do Guaíba depende do volume das futuras chuvas. Modelos hidrológicos do IPH (Instituto de Pesquisas Hidrológicas) preveem estabilização do nível da água.

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As ruas de Porto Alegre ainda ficarão alagadas por semanas. "Em junho, a perspectiva é que algumas áreas da cidade ainda tenham água acumulada, embora se preveja uma situação muitíssimo melhor do que hoje", informou o MetSul.

RS enfrenta mais chuvas e frio intenso

Rio Grande do Sul enfrenta novas chuvas nesta quinta. No norte e nordeste do estado, o volume de chuva deve oscilar entre 50 mm a 100 mm. De tarde, a chuva deve chegar em áreas do centro gaúcho.

A região mais atingida será a Serra e há risco de deslizamentos. Na Grande Porto Alegre, a previsão é de chuva fraca a moderada.

Chuvas não devem ser significativas para alta do volume dos rios, diz o MetSul. "A maior preocupação é com o risco de deslizamentos na Serra, uma vez que o solo segue saturado e instável".

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Também há previsão de geada. As temperaturas mínimas variam de 3ºC a 0ºC no sul do RS e na região metropolitana da Porto Alegre, informou o Inmet.

Madrugada de hoje foi a mais fria do ano no RS. Segundo o MetSul, as temperaturas chegaram a 0ºC no interior gaúcho. Em Porto Alegre, pessoas alocadas em um abrigo estão usando caixas de leite como isolante térmico.

Números da tragédia

Dos 497 municípios gaúchos, 460 sofreram alguma consequência dos temporais. As cidades atingidas no estado representam 92% do total. As informações são do último boletim da Defesa Civil.

Número de afetados pelos temporais no Rio Grande do Sul é de 2.281.774. Ao menos 538.167 pessoas ficaram desalojadas e 77.199 estão em abrigos.

Mortes chegam a 151, até a última atualização da Defesa Civil às 12h desta quinta-feira. Os municípios com maior registro de mortes foram Canoas (19), Caxias do Sul (10), Roca Sales (10) e Cruzeiro do Sul (10). Ainda são 104 desaparecidos, além de 806 feridos, segundo o boletim da Defesa Civil Estadual.

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Ao menos 76.620 pessoas foram resgatadas. Já o número de animais salvos chegou a 11.932.

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