Por que igreja Bola de Neve tem esse nome e usa prancha de surfe no altar?

A igreja Bola de Neve ganhou repercussão nesta semana depois que a pastora Denise Seixas conseguiu uma medida protetiva contra o marido Rinaldo Seixas, líder e fundador da instituição. A informação foi confirmada a Universa nesta terça (11). Rinaldo nega as acusações.

Fundado dos anos 1990, o centro religioso chama a atenção pelo nome e por usar uma prancha de surfe como púlpito, uma plataforma elevada em que os pregadores apoiam a Bíblia para ministrar os cultos.

Por que Bola de Neve?

Segundo a instituição, o nome tem a ver com o efeito de uma bola de neve mesmo: algo que começa pequeno e, conforme rola —ou se desenvolve—, cresce e atinge grandes proporções. "Virava uma avalanche", é a explicação no site.

O grupo começou a partir de uma experiência pessoal de Rinaldo. Em 1993, ele reuniu um grupo de pessoas depois de passar por problemas de saúde, "hepatite e dores muito fortes".

Com as reuniões, um nome surgiu para expressar o propósito do grupo. Como uma bola de neve, a igreja foi angariando espaços, crescendo e, atualmente, está presente em 34 países, com 560 unidades.

Qual a relação da igreja com o surfe?

No final dos anos 1990, já com a igreja instituída, um empresário do ramo de artigos de surfe emprestou para o grupo um auditório, onde as celebrações ocorreriam.

O púlpito foi improvisado e ajudou a compor a identidade da igreja. O auditório, localizado no Brás, tinha capacidade para 130 pessoas. Segundo contam, estava lotado no dia do primeiro culto. Mas não havia ali um púlpito adequado, ou comumente usado em igrejas. Assim, usaram uma prancha de surfe longboard no lugar.

Caso da medida protetiva

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A advogada de Denise Seixas confirmou a Universa que a pastora conseguiu uma medida protetiva de urgência contra o marido, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, fundador e líder da Igreja Bola de Neve.

Segundo Gabriela Manssur, a advogada, Denise passava por violência psicológica muito forte e "está muito, muito abalada". "A violência psicológica está trazendo grande abalo à saúde física e psíquica dela, um sofrimento muito grande." Denise foi procurada pela reportagem, mas não quis falar.

Esse tipo de medida serve para impor o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima. Além disso, estabelece um limite de distância que não pode ser ultrapassado e suspende ou restringe a posse de armas, se for o caso.

Filho da pastora falou sobre a relação do casal. As supostas agressões de Rina contra Denise tornaram-se públicas em abril do ano passado depois que Nathan Gouvea, filho de um relacionamento anterior de Denise, vazou um vídeo com trechos de uma discussão entre o casal.

Questionado sobre as supostas agressões psicológicas, Rinaldo disse que não tem "absolutamente nada" para dizer. "Tivemos discussões como qualquer casal corre o risco de ter."

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