SP: Motoristas de ônibus aprovam greve prevista para a próxima quarta-feira

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo se reuniu nesta sexta-feira (28) em assembleia e decidiu marcar uma greve na capital paulista para a próxima quarta-feira (3).

O que aconteceu

A greve começará à meia-noite de quarta-feira. A paralisação atingirá todas as garagens e terminais do sistema local.

Sindicalistas aprovaram a paralisação por unanimidade. A assembleia reuniu cinco mil trabalhadores presencialmente. Outras dez mil pessoas acompanharam a transmissão online.

Sindicalistas pedem jornada de 6h30 e mais 30 minutos de almoço remunerados. O presidente do sindicato, Edivaldo Santiago, afirmou que atualmente a jornada é de oito horas e que os trabalhadores precisam pagar as pausas para refeições, inclusive com hora extra.

Se houver proposta patronal, categoria irá se reunir para discutir novamente. Categoria diz que tenta negociar com setor desde março, mas "é difícil". Santiago disse à TV Bandeirantes que não há acordo, e que uma reunião realizada na quinta-feira (27) não ajudou em nada para o avanço das negociações.

Ao UOL, a Prefeitura de São Paulo informou que, com a SPTrans, pleiteou perante a Justiça do Trabalho tutela liminar cautelar para que seja mantida a operação da frota de ônibus no percentual de 100% no horário de pico e 80% nos demais horários e aguarda resposta da Justiça. No mesmo processo, a Justiça determinou audiência de conciliação entre o sindicato dos motoristas e o sindicato patronal. O encontro foi agendado para a próxima terça-feira (2), segundo a prefeitura.

Sindicato suspendeu paralisação neste mês

O SindMotoristas já havia programado uma greve no início de junho, mas a paralisação foi suspensa. A decisão, tomada em assembleia no dia 6, foi unânime. Na véspera, o sindicato já havia desistido da paralisação após audiência na Justiça do Trabalho com a SPTrans e a SPurbanuss, o sindicato que representa as concessionárias responsáveis pelo transporte na capital paulista.

Se aprovada, greve paralisaria cerca de 60 mil funcionários. O número inclui motoristas, cobradores e operadores do setor de manutenção e fiscalização. Segundo a SPTrans, a cidade tem 1.304 linhas operadas por concessionárias, e a paralisação poderia afetar 4,3 milhões de pessoas que usam o transporte diariamente. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou a falar em 7 milhões de pessoas prejudicadas.

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Estado de greve, contudo, foi mantido até 30 de junho. Essa foi a data definida na ocasião como prazo final para a negociação entre trabalhadores e empresas de ônibus.

Matéria em atualização

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