Conteúdo publicado há 4 meses

Médica que sequestrou bebê agiu sozinha e queria uma menina, diz polícia

A médica que sequestrou uma bebê recém-nascida de um hospital de Uberlândia (MG) agiu sozinha e premeditou o crime, indicam investigações da polícia.

O que aconteceu

A neurologista Cláudia Soares Alves planejou raptar uma bebê do sexo feminino. Ela se passou por enfermeira para enganar a segurança e entrar no Hospital das Clínicas de Uberlândia. Dentro da unidade, ela mentiu de novo dizendo ser pediatra para ir até a ala da maternidade.

Minutos depois, ela entrou na sala onde estava Isabela. "Ela entra no primeiro quarto e tem dois meninos recém-nascidos. Joga aquela conversa dela, conversa de médica. Entra no segundo quarto, tem um menino e tem a Isabella. Ela estava à procura de uma menina e essa menina não seria necessariamente a Isabela", explicou o delegado-chefe de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito Brandão, em entrevista ao Fantástico.

Cláudia conseguiu tirar a bebê do quarto dizendo que iria alimentá-la com fórmula. Os pais concordaram porque Isabela ainda não estava se alimentando no peito. "Foi a brecha que ela precisava", disse o pai de Isabela, Edison Ferreira, ao Fantástico.

A médica entrou em uma sala sem câmeras e colocou a bebê em uma mochila amarela, segundo a polícia. Uma equipe de vigilantes abordou Cláudia ainda dentro do hospital porque checaram que ela não estava no quadro de funcionários do plantão. Ela alegou que foi avisada no local que não precisavam mais dela e foi embora sem ser revistada.

Polícia diz que Cláudia agiu sozinha e de forma premeditada. Eles encontraram um enxoval completo no carro dela, com roupas, sapatos e bolsas na cor rosa.

Isabela foi encontrada um dia após o sequestro, a mais de 130 km do hospital de Uberlândia. Cláudia foi presa em flagrante e a bebê foi devolvida à família.

Defesa diz que ela tem transtorno bipolar. Advogado argumenta que Cláudia estava em crise psicótica no momento dos fatos e não tinha capacidade de discernir sobre o que estava fazendo.

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