Cocaína em navio no Porto de Santos poderia render R$ 30 mi ao PCC, diz PM
A apreensão feita por mergulhadores de uma carga de 115 quilos de pasta de cocaína neste sábado (24) em um barco no Porto de Santos (SP) poderia render cerca de R$ 30 milhões ao PCC, segundo fontes na PM ligadas à operação.
O que aconteceu
Carga seria levada a países europeus em uma transação com parceiros de negócios do PCC, indica investigação. De acordo com a apuração, a pasta de cocaína foi trazida de Buenos Aires, capital da Argentina, por narcotraficantes independentes que fazem negócios com autorização da facção criminosa paulista.
Operação do tráfico é semelhante às ações criminosas de André do Rap no Porto de Santos, dizem investigadores. Fontes ligadas ao caso dizem que a forma da atuação dos responsáveis pelo carregamento da droga no navio apreendido segue o mesmo padrão usado pelo narcotraficante André Oliveira Macedo, 45, apontado por autoridades como responsável pelo envio de cocaína em contêineres para a Europa.
Narcotraficante está na lista dos criminosos mais procurados do país. Procurado pelas autoridades desde outubro de 2020, André do Rap foi solto da penitenciária de Presidente Venceslau (SP) em decisão do STF e disse que iria para a sua casa no Guarujá. Mas passou a ser considerado como foragido após ter a soltura cassada pelo Supremo. Autoridades estimam que ele tenha um patrimônio de mais de R$ 500 milhões.
O tráfico internacional de entorpecentes é um mercado diversificado, não sendo exclusivo do PCC. Alguns indivíduos operam de forma independente, enquanto outros utilizam a estrutura do PCC ou contam com a própria organização do PCC para suas atividades.
Valmor Racorti, comandante do Policiamento de Choque de SP
Como foi apreensão no Porto de Santos
A droga encontrada por mergulhadores da PM estava escondida no casco de um navio e foi rastreada com o auxílio de um drone. Cocaína estava em galerias internas do casco do navio.
O objetivo da ação é rastrear as rotas do tráfico internacional e desarticular as suas redes de distribuição. A operação é feita em conjunto com Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público e Receita Federal e teve início nesta sexta-feira (23).
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