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Pará proíbe uso de fogo em pastagem e decreta emergência por queimadas

O governo do Pará decretou situação de emergência por conta dos incêndios. A decisão foi publicada na edição desta terça-feira (27) do Diário Oficial.

O que aconteceu

O decreto proíbe a utilização de fogo no estado para determinadas atividades. Conforme a decisão, atividades de limpeza ou de manejo de áreas e pastagens que utilizem fogo estão proibidas pelos próximos 180 dias.

Medida é resposta para grave situação ambiental enfrentada no estado. Segundo o governador Helder Barbalho (MDB), o objetivo do decreto é conscientizar a população e conter mais focos de queimada.

Foram 3.300 focos de queimada no Pará em julho, informou o governo. O número representa um aumento de 50% nos focos em relação ao mesmo período de 2023. Os dados de agosto são ainda mais preocupantes- até esta terça, número de focos já estava em 6.600. O Pará e o estado vizinho, Amazonas, concentram mais da metade dos focos de incêndio do Brasil entre janeiro e agosto deste ano.

Temos uma amostra de que esse crescimento continuado aponta para uma situação de urgência que precisa ser contida. Além da responsabilidade de cuidar do bioma amazônico com repercussão em todos os outros biomas do Brasil.
Helder Barbalho, governador do Pará

Milhões de hectares queimados

O fogo consumiu, em 2024, 3,2 milhões de hectares da Amazônia. A informação é do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro). O número representa uma queima de 0,77% do território do bioma.

Apenas no Norte do país foram mais de 22 mil registros de queimadas em agosto. No mesmo período do ano passado, o número era de 16.590.

Brigadistas temporários serão contratados. Nesta terça, o Ibama publicou portaria autorizando a contratação de brigadas para combater incêndios em todas as regiões do país. O Pará receberá contingente com esquadrão de 10 a 36 brigadistas.

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