Conteúdo publicado há 2 meses

PMs réus por homicídio na Operação Escudo vão a júri popular

A Justiça de São Paulo decidiu que os dois primeiros policiais militares acusados de homicídio na Operação Escudo serão levados ao tribunal do júri.

O que aconteceu

Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira serão julgados pelo homicídio duplamente qualificado de Rogério Andrade de Jesus. O crime foi cometido no Morro do Macaco Molhado em 30 de julho de 2023, dois dias após o início das operações oficiais da PM no Guarujá.

Não há data definida para o julgamento até o momento. A decisão de levar os dois policiais a júri popular foi emitida nessa segunda-feira (9), pela 3ª Vara Criminal do Guarujá.

Segundo o Ministério Público, PMs mataram o homem por motivo torpe e dificultaram a defesa dele. Eles também teriam escondido a câmera corporal e plantado uma arma de fogo entre os pertences da vítima, que é considerada inocente.

Os dois policiais são representados pela Defensoria Pública de São Paulo. O UOL entrou em contato com o órgão

Oito réus por quatro mortes

Eduardo e Augusto foram os primeiros PMs denunciados pelo Ministério Público. Além deles, outros seis PMs foram denunciados por homicídios cometidos na Operação Escudo.

Em abril de 2024, dois PMs da Rota se tornaram réus. Rafael Perestrelo Trogillo e Rubem Pinto Santos foram acusados de forjar um tiroteio para matar Jefferson Junio Ramos Diogo, um homem que vivia em situação de rua no centro de São Paulo, mas apareceu morto no litoral.

Em julho de 2024, a Justiça tornou réus o cabo Ivan Pereira da Silva e o capitão Marcos Correa de Moraes Verardino. Eles foram acusados de executar Fábio Oliveira Ferreira, o primeiro morto pela PM durante a operação, que teria se rendido na abordagem. Marcos Correia foi o primeiro oficial denunciado e era coordenador operacional da Operação Escudo.

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Os PMs Julio Cézar dos Santos e Maykon Willian da Silva foram o sétimo e o oitavo policiais denunciados. Para o MP, eles cometerem homicídio qualificado contra Wellington Gomes da Silva, 32, em uma favela do Sítio Cachoeira, no Guarujá, e simularam a necessidade de socorro, prejudicando o trabalho da perícia, que foi realizada sem o corpo no local.

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